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Potenciar o negócio através da internet

Organizado pelo Gabinete do Empresário, em Ermesinde, decorreu, no passado dia 23 de Outubro, mais uma palestra do Ciclo de Conferências 2008, desta vez subordinada ao tema "Como Gerir uma Marca – A promoção da sua empresa no canal internet".

Na mesa, Rui Pedro Martins, responsável do Gabinete do Empresário (GE), e o conferencista, Galvão Meirinhos.

Recorde-se que, neste último quadrimestre do ano, já foram realizadas conferências, organizadas pela mesma entidade (o GE), sobre "As Empresas e a Eficiência Energética – Consumos e Racionalização" e "Projectos de Investimento Empresarial – Apoios e Incentivos", a que se seguirá "A Implementação das NIC's na sua Empresa – Normas Internacionais de Contabilidade", que deverá decorrer no dia 20 de Novembro.

Foto URSULA ZANGGER

O conferencista começou por discorrer sobre o conceito de "marca", enquanto capital intangível, abordou as suas funções, mostrou como, às vezes, a própria marca se torna bem mais valiosa que o próprio produto, e como chega a valer, por si, valores de biliões de dólares (caso, por exemplo, da Coca Cola, 67 biliões de dólares!), independentemente das infra-estruturas.

A notoriedade, a qualidade percebida, a imagem, a fidelidade, foram, entre outros, alguns dos aspectos abordados.

Transpondo depois para o mundo da web aqueles conceitos, Galvão Meirinhos falou dos aspectos que aqui mais se evidenciam, as suas oportunidades e ameaças e a visibilidade acima do equador (Meirinhos negou uma visibilidade global, apontando o desenvolvimento desigual do planeta).

Citando depois Jim Sterne ("World Wide Web Marketing"), o palestrante ressaltou que um negócio com presença na net exige uma atenção de 24 horas por dia, já que o mercado electrónico é altamente competitivo e impiedoso, e que se necessita de um investimento constante na infra-estrutura tecnológica.

Galvão Meirinhos destacou seis instrumentos preciosos desta presença na net: o web site, os artefactos publicitários, o web mail, a intranet, a extranet e as relações públicas.

Destacou depois a necessidade de projectar o negócio e de o alicerçar bem, dando o exemplo da Amazon que, embora presente na net há muitos anos, só agora começou a dar lucros, em resultado da credibilidade entretanto demonstrada.

Sobre o web site, que até poderia ser simples e barato, avisou para que este só era gerador de negócio se for objecto da actualização constante, se for plástico e adaptável às necessidades do consumidor, se proporcionar uma navegação rápida, conforto na utilização, se proporcionar confidencialidade e se respeitar as solicitações do consumidor. Por isso, porque raramente se têm estes cuidados, não admira que a imensa maioria dos projectos web gerem desilusão, revelou o conferencista.

Falou depois do intercâmbio de conteúdos e patrocínios e da redistribuição do tráfego, na área da publicidade, do potencial de diminuição da conflitualidade, na área da intranet, na geração de associações positivas, abrangência da rede e acesso facilitado a fornecedores e público na área da extranet, na capacidade de responder aos ataques, de limitar os danos e de propiciar a atenção à necessidade dos consumidores na área das relações públicas, no estabelecimento de contactos e de relações, mas sem o exercício de uma pressão mal recebida pelo público na área do web mail.

Meirinhos lembrou que um sujeito satisfeito fala a mais três sobre um produto, um insatisfeito fala a nove!

Abordou depois a questão da confiança, lamentando que o conceito de "freguês" tenha praticamente sido abandonado pelo de "cliente", muito mais ocasional, e sublinhou a necessidade de estabelecer relações fiáveis e satisfatórias.

Deu depois alguns pequenos exemplos de sucesso na net, como o de uma editora que vende o livro online (e o oferece em papel). E respondeu depois às perguntas do público, abordando questões como os estudos de mercado, a privacidade e, por fim, gozadamente, o exemplo da empresa mais bem sucedida do mundo, com cerca de dois mil anos de serviços.

Por: LC