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A história do Dragão que casou com uma Bruxa
O grupo de teatro Fora d´Horas apresentou, no passado dia 29 de Março,“No Reino das Cem Janelas...Tudo pode Acontecer”, uma peça de teatro que com um toque de humor retrata o quotidiano de um Reino e nos faz reflectir sobre as complicações do dia-a-dia de um Rei. O espectáculo teve lugar no Fórum Cultural de Ermesinde.
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| Foto MANUEL VALDREZ |
Num cenário pintado a laranja, com inúmeras janelas a pender do céu, saltam para o palco duas personagens: El Rei Tadinho e o respectivo conselheiro, de nome Decretelino. Debatem o futuro complicado e incerto do “Reino Das Cem Janelas”, disparam questões e demonstram preocupações. Há um humor carregado de ironia e fatalidade que diverte a plateia atenta.
Em baixo, mesmo à beira do público, dois criados recolhem a passadeira vermelha, porque Reino que se preze tem de ter criados, e muitos. Mas este não é um Reino comum, não é um Reino que figure nos contos tradicionais, com belas princesas e bruxas más. Aqui há problemas reais, com muita trapalhada, confusão e humor à mistura.
Estamos no “Reino Das Cem Janelas” onde acontece um pouco de tudo: um Rei com «ideias luminosas» que, mesmo não tendo filhas, prometeu ao Dragão do Reino a mão da princesa em casamento; um conselheiro que «faz decretos por tudo e por nada» colocando, por vezes, o seu amo, em situações bastante complicadas; um Dragão que «aquecia e dava energia ao reino» e pensando casar-se com a Princesa, levou para casa a bruxa do “Reino das Cem Janelas”, Bruxilde. Ora, «um reino que se preze tem de ter uma bruxa...». E é a partir daqui que toda a história se desenrola.
A peça centra-se na busca de uma bruxa para o “Reino das Cem Janelas”, mas a tarefa revela-se muito mais complicada do que era esperado. As cenas que se seguem ilustram bem a precariedade que se faz sentir, até no mercado de trabalho das bruxas, que nem sempre competem de forma honesta.O espectáculo culmina com o regresso de Bruxilde e do Dragão que, por sua vez, se vinga do Rei.
O texto da peça é uma adaptação da obra infantil de Alice Vieira – “Graças e Desgraças na Corte de El–Rei Tadinho” – a sua característica peculiar é o facto de copiar de forma invertida os principais elementos dos contos tradicionais que todas as crianças ouvem contar ao longo dos primeiros anos de vida.
A encenação esteve a cargo de Gisela Baltazar e Catarina Pimentel, com a colaboração de alguns elementos do ENTREtanto Teatro.
Por:
Teresa Afonso
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