SECÇÃO: Destaque

Dia Internacional da Mulher

Emília Araújo – socióloga e docente na Universidade do Minho

«Há necessidade de as autarquias locais e as próprias instituições das quais dependemos enquanto cidadãos terem mais serviços à disposição das famílias, como creches e jardins de infância com pessoal qualificado a funcionar em regimes de tempo atípico para atender à própria flexibilidade de trabalho que começa a ser característica em todas as organizações.

Da parte do poder legislativo esperar-se-ia mais regulação e fiscalização da discriminação no recrutamento. As próprias mulheres precisam também tomar consciência sobre a sua situação, ver o mundo de uma forma mais global e não serem elas próprias agentes de controlo social e de reprodução de modelos de comportamento que continuam a exigir da mulher a espartilha de funções e de papéis. Diria mesmo que o problema da sociedade actual é ter resolvido grande parte das questões relacionadas com a socialização do género deixando para trás algo de essencial: a mulher-mãe».