SECÇÃO: Local

Nota da Redacção

Não contesta “A Voz de Ermesinde” nenhuma das informações prestadas pelo Senhor advogado António Coelho de Oliveira, mas elas vêm ainda dar mais razão ao comentário do nosso jornal expresso na edição de 20 de Dezembro.

De facto, nessa altura não pusemos minimamente em causa que o senhorio tivesse agido segundo a lei ou que a inquilina não tivesse pago as rendas acordadas e devidas.

O que “opinamos” foi (e repetimos), que «não deixamos de reflectir, neste Natal de 2007, em pleno século XXI, sobre o acto verdadeiramente bárbaro e desumano que significa humilhar assim publicamente as pessoas que estão em maiores dificuldades, expondo na rua em frente de toda a gente os seus pertences, mal abrigados dos olhares de toda a gente e do perigo de chuva (estava-se em pleno período invernil).

Chega a parecer inacreditável que a nossa sociedade, dita civilizada e humanista, de raiz cristã, ainda se permita a ocorrência de situações destas, para já não falarmos daqueles que por aí permanecem sem um abrigo!».

Que a questão é civilizacional e não atribuível a este ou àquele prova-o, a fazer boa fé nas informações do Dr. António Coelho de Oliveira, o facto de várias instituições terem tido conhecimento da ocorrência, só muito mais tarde tendo agido, limitando enfim uma humilhação ainda maior, o que até poderia levar a pensar que o facto de “A Voz de Ermesinde” ter assistido ao “despejo”, a 3 de Dezembro, como mostram as fotos, só pôde ajudar...

Por: AVE