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Edição de 29-02-2024
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    Arquivo: Edição de 10-12-2007

    SECÇÃO: Destaque


    Cartas ao Director

    História de dois parquímetros

    Nascemos por obra e graça da Ex.ma Câmara Municipal: entregues para adopção a um senhor dito concessionário da família parquimóide. Após parto, fomos entregues para residência na R. N. Sr.ª de Fátima, com a condição de quando emancipados, raparmos as moedinhas aos donos dos popós que por lá estacionassem. As receitas seriam distribuídas pelos seus tutores.

    Diziam as más línguas que por ali passavam, que a parte maior iria para os bolsos do Sr. Concessionário. Talvez por este não conseguir a sua reformazita suplementar ao fim de doze anos de árdua labuta. Ditos das más línguas dos passantes e utilizadores mais resmungões.

    Passados muitos meses e depois de termos sacado uns valentes trocados e sermos vigiados por vários fiscais da discórdia, às vezes vinham aos molhos de três. Mas manda quem sabe. Porém agora que já nos dávamos bem com a vizinhança e até os pagantes nos tratavam bem e com fiscais autênticos da edilidade, chega um dia, uns funcionários enfiaram-nos um saco preto na cabeça, parecíamos aqueles delinquentes que são levados a tribunal e que escondem a cara. Ora nós somos honestos e legais (adiante).

    Passados dias arrancaram-nos à santa residência e fomos levados em braços para a rua mais próxima, que pela graça de Deus também tem nome de santo. Não foi abalada a nossa fé. Não compreendemos porque fomos deslocados de uma rua de sentido único para outra que, talvez por milagre, no dia 25/l0/2007 se transformou de dois em sentido único norte-sul. Com inconvenientes para os automobilistas. Também não gostamos que, em frente a nós, não tenham passeio e assim os nossos irmãos tiram mais rendimento que nós, com prejuízo para os peões.

    Dizem as más línguas que é pela ganância de mais uns euros. Não gostamos da nova morada. Porque amiúde somos insultados na nossa dignidade. Nós que já tínhamos ultrapassado esta fase na R. N.ª Sra. Fátima. Vejam lá: como fomos colocados na bonita R. de S. Silvestre. Choca-nos ouvir dizer... Ó S. Silvestre, advogado da peste, fazei com que estes parasitas se afastem daqui. Nós parquímetros honrados e honestos, pois que só aceitamos o que nos dão; termos de ouvir estes desaforos. Pois se algum incómodo causamos, é o de entupirmos o estreito passeio, dificultando a passagem a quem se desloca em carreira de rodas, mas na rua anterior ainda era mais estreito, levávamos mais bordoada. Se ao menos nos tivessem transferido para o final da R. 5 de Outubro, para aquele estacionamento à balda! Com estas mudanças parece que a flexisegurança começa aqui nos parquímetros de Ermesinde. Que mais irá acontecer à novela parquimóide?

    Por: João Dias Carrilho

     

     

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