CICLISMO
Thomas Metcalfe superior no Alto de Santa Justa (Valongo)
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Foto JORNAL CICLISMO |
Thomas Metcalfe (da equipa Duja/Tavira) foi o vencedor do I Troféu Município de Valongo, sexta e penúltima prova a contar para o Troféu RTP, destinado a equipas do escalão de sub-23 anos.
Organizada pela Casactiva/Quinta das Arcas/Madeilongo/União Ciclista de Sobrado, em parceria com a Câmara Municipal de Valongo, VEOLIA – Águas de Valongo e das juntas de freguesia de Alfena, Campo, Ermesinde, Sobrado e Valongo, a competição teve lugar no passado dia 1 de Setembro. O jovem nascido em Faro, com descendência inglesa e irlandesa, chegou isolado à meta instalada no Alto de Santa Justa, com um tempo de 03h08m48s, ganhando 1m30s para Nuno Miguel (da Sintra CC/Viveiros Vítor Lourenço) e 1m37s para César Fonte (do Santa Maria da Feira/E.Leclerc/ /Moreira Congelados), 2º e 3º classificados, respectivamente.
Espectacular. Esta é, em boa verdade, a palavra para definir a chegada dos ciclistas ao Alto de Santa Justa, onde os esperavam uma enorme multidão, num dia em que os olhares se desviavam para o Douro ali tão perto, deliciando-se com a habilidade dos ases da Red Bull Air Race. As gentes de Valongo fizeram questão de não perder a “sua” corrida e, na verdade, as equipas em prova travaram uma luta interessante ao longo dos 132 km do percurso, num dia em que o calor se fez sentir com grande intensidade, fazendo enorme mossa num pelotão que chegou ao fim da prova totalmente desgastado e fraccionado. De sublinhar que a partida se deu na Balsa (Sobrado), junto às instalações da Casactiva, seguindo-se então um percurso de quatro voltas (132 km) a um circuito com passagens em Sobrado, Valongo, Ermesinde e Alfena, com o final agendado, como já vimos, para o Alto de Santa Justa.
As três passagens pelo Alto de Valongo, onde estava instalada a meta de montanha de 3ª categoria, acabariam por revelar-se bem complicadas e determinantes para as aspirações dos corredores. Quem teve pernas foi para a frente e os que cederam ficaram irremediavelmente afastados das contas do pódio, tais as diferenças de tempo que se foram cavando. Basta dizer que a vintena de corredores que logrou seguir na dianteira, quando estava cumprido pouco mais de metade da quilometragem, já levava mais de cinco minutos de vantagem sobre o pelotão, que se revelaria incapaz para anular a fuga. Na subida para o Alto de Santa Justa surgiu a garra de Thomas Metcalfe (nas imagens), imparável como abordou os duros e derradeiros quilómetros da prova valonguense.
METCALFE:
“NEM ESTAVA
PARA CORRER...”
O vencedor do I Troféu Município de Valongo precisou de respirar bem fundo para prestar as primeiras declarações, tal era o cansaço evidenciado no final da íngreme subida até ao Alto de Santa Justa. “Tentei manter o ritmo certo, mas estava esgotado, felizmente consegui subir sem cair para o lado. As pessoas puxaram muito por mim e apoiaram-me muito, ao ponto de me sentir inspirado para terminar a corrida. Eu até nem estava para correr... só vim porque o meu colega Paulo Fernandes não pôde cá estar”, referiu o “meio inglês e meio irlandês”, como curiosamente se definiu este corredor nascido em Faro.
MÁRIO
DUARTE:
“EXPERIÊNCIA
PARA REPETIR”
Apoiada desde o primeiro momento pela autarquia, este troféu mereceu rasgados elogios por parte de Mário Duarte, responsável pelo pelouro do Desporto da Câmara Municipal de Valongo. “O nosso concelho tem fortes tradições no ciclismo e precisava de uma prova deste género. Estamos muito satisfeitos com a aposta que fizemos e, naturalmente, esta experiência é para repetir, pois estamos empenhados em apoiar o desporto de formação”, confessou o autarca.
Por: Vaz Mendes
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