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    Arquivo: Edição de 10-07-2007

    SECÇÃO: Especial


    XIV FEIRA DO LIVRO DO CONCELHO DE VALONGO

    A Feira pela voz dos expositores

    Fotos MANUEL VALDREZ
    Fotos MANUEL VALDREZ
    Com os três primeiros dias de feira já cumpridos A Voz de Ermesinde resolveu ir ao encontro dos grandes protagonistas do certame, os expositores. Longe de querer fazer um balanço, até porque a “procissão ainda vai no adro” o nosso jornal pretendeu sobretudo saber como é que os profissionais do livro estão a viver estes primeiros dias do evento. A opinião generalizada é de que as coisas estão para já a correr bem, o espaço está mais bonito e agradável do que em anos anteriores, e a animação paralela também merece elogios. Menos bom tem sido – dizem alguns - a afluência de público, que de momento vai visitando a feira a “conta gotas” – com excepção do dia da inauguração -, sendo que neste ponto os factores de ordem meteorológica – frio - são apontados como os responsáveis por este semi-afastamento inicial, chamemos-lhe assim, das pessoas. Os baixos índices de vendas, - eterno problema dos livreiros -, é também um dos factores negativos apresentado pela maior parte dos expositores inquiridos.

    No entanto, a 14ª Feira do Livro do Concelho de Valongo ainda só agora começou, por isso, a esperança de que “melhores dias virão” no que resta de certame é vem vincada pelos expositores.

    Mais ampla, mais vistosa, com mais expositores presentes, e consequentemente com mais opções de escolha para o visitante, é assim que se apresenta a 14ª edição da Feira do Livro do Concelho de Valongo. Aliás, a parte estética, por assim dizer, do espaço é talvez o único elogio comum que os expositores ouvidos pel’ “A Voz de Ermesinde” fazem ao certame deste ano. «Gosto muito de estar aqui, o espaço está muito bonito, e a animação paralela também tem sido fantástica, com destaque para o primeiro dia em que tivemos aqui a Rosa Lobato Faria», opina Manuel Almeida, da Marina Editores.

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    Presença habitual na Feira do Livro do nosso concelho – vai já na sua 10ª feira – Manuel Almeida recorda ainda as primeiras feiras realizadas na nossa cidade, junto à Igreja Matriz, as quais não eram compostas por mais de meia de dúzia de expositores e onde as «melgas e os mosquitos não deixavam ninguém sossegados», recorda alegremente o nosso interlocutor. Hoje tudo está diferente... «para melhor», acrescenta.

    Em relação a estes primeiros três dias de feira, e no que concerne a vendas, Manuel Almeida vai adiantando que o facto de Marina Editores vender maioritariamente enciclopédias e não livros “isolados” tem limitado a sua tarefa. «As pessoas procuram essencialmente livros acessíveis, e “isolados”, ou seja, eu vendo sobretudo enciclopédias e as pessoas por vezes interessam-se apenas por um determinado livro, sendo que eu não o posso vender separadamente, uma vez que fazem parte de uma enciclopédia». Além disso, a relação entre qualidade e preço das colecções apresentadas nesta feira pela Marina Editores é algo elevada, e como tal tem sido um pouco limitativo à “carteira do visitante”.

    Pelo segundo ano consecutivo na feira está Amílcar Marques, do Mercado dos Livros, um stand onde, como o próprio nome indica, os visitantes têm ao seu dispor um vasto conjunto de livros sobre os mais diversos temas a preços acessíveis... no fundo, é um verdadeiro mercado do livro. «Tem havido pouca afluência de pessoas, mas também ainda estamos a começar e como tal espero que daqui para a frente as coisas corram um pouco melhor». Tal como o expositor da Marina Editores, Amílcar Marques sublinha o facto de o espaço físico do certame estar este ano mais bonito e disperso.

    “Sobre rodas” parece estar a correr a vida a um dos maiores e mais importantes expositores desta 14ª Feira do Livro do Concelho de Valongo, as Publicações Europa-América. Com quatro stands ao seu dispor – o expositor com o maior número de stands na feira – João Fontes vai adiantando que os primeiros dias de feira estão a correr bem em todos os aspectos. «As vendas estão a correr muito bem, tenho aliás, clientes habituais do Porto que vêm aqui comprar livros. Em relação ao ano passado o produto está mais bem exposto, sendo que a oferta é desta forma maior», afirma o responsável das Publicações Europa-América.

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    Uma das grandes novidades na feira deste ano é a presença de uma editora do país vizinho, mais concretamente de Santiago de Compostela, denominada de Palavra Perduda. E o facto deste ser um stand cujo produto de oferta é somente composto por publicações espanholas (desde poesia, passando por história, romances, culinária, até às simples gramáticas castelhanas) tem aguçado a curiosidade dos visitantes que até agora deram uma saltada ao evento, conforme nos disse o livreiro José Filipe Lopes. «A maior parte das pessoas entra apenas por curiosidade, mas nestes três dias também já aqui vieram algumas perguntar por “este ou por aquele” livro em particular, outras vieram já com um livro na ideia para levar, caso de uma senhora que adquiriu uma Gramática Espanhola. Com isto quero dizer que apesar de estarmos pelo primeiro ano em Ermesinde temos encontrado várias pessoas com conhecimentos sobre Literatura espanhola, e como tal já vêm com um determinado título e/ou autor na ideia para comprar ou para encomendar. Por isso, julgo que as coisas estão, para já, a correr bem para o nosso lado». E assim vai a feira...

    Por: Miguel Barros

     

     

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