ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE JOVENS DO CONCELHO DE VALONGO
O bê-á-bá da democracia representativa
Na véspera do 25 de Abril reuniu, no Auditório Dr. António Macedo, em Valongo, a Assembleia Municipal de Jovens, espaço de debate onde têm assento cinco alunos, do 9º ao 12º Ano, de cada uma das escolas públicas e privadas do concelho, eleitos por critérios a definir por professores e alunos de cada um dos estabelecimentos de ensino.
Entre outros, participaram alunos da EB 2,3 e da Secundária/3 de Alfena, da EB 2,3 Padre Américo (de Campo), da EB 2,3 D. António Ferreira Gomes, e do Colégio de Ermesinde, da EB 2,3 e da Secundária de Valongo, que apresentaram à Assembleia várias questões, que foram desenvolvidas e apresentadas com a ajuda de suportes digitais.
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Foto ARQUIVO URSULA ZANGGER |
Como resultado do trabalho preparatório feito por professores e alunos das várias escolas, algumas destas apresentaram na Assembleia Municipal de Jovens vários problemas que detectaram e debateram, adiantando mesmo, em certos casos, propostas de resolução.
Os jovens apresentaram as suas questões, debateram-nas e chegaram mesmo a apresentar propostas de moção.
Foram levadas à Ordem do Dia questões como: 1. Requalificação das Margens do Leça; 2. Mobilidade na Freguesia de Alfena; 3. Os Problemas na Freguesia de Campo; 4. Serviço de Transportes Colectivos; 5. Mercado Municipal de Ermesinde; 6. Integração Social do Cidadão Portador de Deficiência em Valongo; Repensar a Localização de Algumas Instituições Públicas da Sede do Concelho.
Por exemplo, a Escola EB 2,3 de Alfena propôs a debate a requalificação das margens do Leça, sugerindo maior divulgação sobre o programa de requalificação em curso, através de folhetos e outdoors. A Secundária de Alfena abordou os obstáculos à mobilidade para portadores de deficiência motora no acesso ao Centro Cultural de Alfena, falta de passadeiras na Rua 1º de Maio e obras inacabadas na ponte que liga Alfena à Quinta da Lousa.
Os jovens de Campo trouxeram à discussão a poluição do rio Ferreira, as obras inacabadas na Junta de Freguesia de Campo, a falta de passadeiras, calçadas e passeios, a falta de transportes na freguesia, a requalificação do Centro de Saúde de Campo e a eliminação de uma rotunda sem sentido.
TRANSPORTES
COLECTIVOS
EM DEBATE
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Foto ALUNOS ESCOLA SECUNDÁRIA DE VALONGO |
Os alunos do Colégio de Ermesinde abordaram a questão dos transportes colectivos (STCP e Refer), propondo entre outras medidas, para o primeiro destes operadores, a criação de uma rede de mini-autocarros que liguem as cidades do concelho e estas às restantes freguesias e que os horários coincidam com os da circulação ferroviária, e para o segundo que se instalem mais abrigos nas plataformas da gare de Ermesinde (e que nos mesmo se possa mostrar informação útil – por exemplo a planta da cidade), um controlo mais rigoroso das empresas que têm a seu cargo a manutenção e limpeza das instalações sanitárias, a instalação de escadas rolantes, a colocação de barreiras anti-poluição sonora do lado da estação voltado para a Gandra, a utilização de edifícios abandonados para acolhimento de pessoas sem-abrigo.
Os alunos da Escola EB 2,3 D. António Ferreira Gomes, de Ermesinde, trouxeram ao debate a situação do Mercado Municipal de Ermesinde, recomendando obras profundas de restauro e reabilitação e a promoção do mercado e do comércio naquele espaço.
A integração social do cidadão portador de deficiência em Valongo foi a temática abordada pelos alunos da EEB 2,3 de Valongo, que apontaram as deficiências existentes nalguns serviços de utilidade pública, como a esquadra da PSP de Valongo, o Tribunal e o Tribunal do Trabalho.
Os alunos da Secundária de Valongo apresentaram um conjunto de propostas no sentido da construção de infra-estruturas na zona da Biblioteca Municipal, tais como a existência de restaurantes, caixas bancárias, um parque infantil e um pequeno centro comercial. Propunham ainda a criação de mais espaços verdes. Outra temática abordada foi a da acessibilidade à Escola Secundária de Valongo, sugerindo a abertura de um arruamento com dois sentidos no terreno que separa a Rua Visconde Oliveira do Paço da Rua das Pereiras.
Muito produtiva, a Assembleia Municipal de Jovens não terá tido mais participação, entre outras razões pelo trabalho extra a que obrigaria alguns professores e algumas escolas e pelo facto de alguns pais não permitirem a participação dos filhos na Assembleia , para que eles «não se metessem na política»!...
Por:
LC
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