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    Arquivo: Edição de 15-04-2007

    SECÇÃO: Opinião


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    A região e o seu desenvolvimento

    Nos últimos tempos, várias foram as vozes que se fizeram ouvir, na comunicação social, sobre a situação económica e social no Norte e, em particular, no nosso distrito.

    Estas personalidades, umas mais autorizadas que outras, têm chamado a atenção do Governo para a necessidade de mais emprego, mais investimentos e maior combate às bolsas de pobreza, para uma Região que outrora foi considerada a "cidade do trabalho" e geradora de riqueza para o País.

    A Região foi perdendo peso ao longo dos anos e viu os grandes grupos económicos transferirem as suas sedes para a capital, onde, afinal, tudo se decide. A regionalização do País foi, em dado momento, a esperança para o seu relançamento, mas, infelizmente os erros cometidos por uns e a cegueira política de outros, impediram que o processo legislativo avançasse, à semelhança de outros países da União Europeia.

    No entretanto, foram promovidos vultuosos investimentos, pelos Governos de António Guterres que animaram, transitoriamente, o Grande Porto e, porque não dizê-lo, tornaram-no até mais cosmopolita. Foi o novo Aeroporto Sá Carneiro, o arranque do Metro, a melhoria nas Linhas do Douro e Minho e a modernização do seu material circulante, as acessibilidades, a Casa da Música e a Requalificação Urbana no Porto, quando Capital Europeia da Cultura, o Pólis e o lançamento do programa Integrado de Desenvolvimento do interior do distrito, para falar apenas das apostas mais significativas na Região.

    De lá para cá, parece que tudo parou! Os anos foram passando e os Governos que se lhe seguiram não foram capazes de continuar o esforço de desenvolvimento e de modernização do Norte.

    É verdade que a situação económica do País não tem ajudado e obriga até a outras opções. As consequências da reestruturação de algumas das empresas no eixo Aveiro/Braga e a deslocalização de outras para o estrangeiro, têm levado o desemprego para proporções assinaláveis.

    Estamos certos, que o actual Governo, não é insensível a esta realidade e saberá como incentivar os sectores mais dinâmicos da sociedade, para em conjunto, definirem uma estratégia que recoloque o Porto e o Norte, no caminho do progresso, ao nível das Regiões ricas da Europa. E aí está, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, a anunciar, pela boca do seu Presidente, a criação de um grupo de trabalho para preparar e antecipar algumas medidas para a Região.

    A propósito do (des)emprego lembro os leitores que, no passado, foi lançado o Plano Regional de Emprego para a área Metropolitana (PREAMP) com a finalidade de " inverter a situação do desemprego, apoiar a criação de novos empregos e melhorar a empregabilidade dos activos". Este programa, depois de ver implementadas várias medidas específicas, foi sendo deixado cair no esquecimento até ser abandonado, pelas entidades envolvidas. Parece ser tempo de o Instituto de Emprego, as Autarquias, as Associações Empresariais e os Centros de Emprego da zona, dinamizarem iniciativas que possam contribuir para minimizar este problema.

    E não só, pois todos sabemos, que é no investimento privado que está a chave para a criação de novos empregos, daí a importância do papel do Ministério da Economia, que aliás, não se tem poupado a esforços, no sentido de trazer para o país investimentos privados, que não só criam riqueza, como absorvem muitos dos desempregados, inscritos nos serviços próprios.

    Recentemente Valongo, viu ser deslocalizada, uma grande empresa, responsável por centenas de postos de trabalho. Foi uma grande perda para o concelho, pois muitas das famílias aqui residentes, ficaram no desemprego. Infelizmente, há situações idênticas no país e as respectivas Autarquias assumem, então, a liderança na procura de alternativas. Ora, sabemos que Valongo, reúne um conjunto de factores favoráveis como sejam: bons equipamentos de saúde, acessibilidades satisfatórias (Aeroporto, Porto de Leixões, Espanha), população jovem e qualificada, alguns dos requisitos exigidos por aqueles que desejam investir e são selectivos na sua localização. Apenas falta esse papel dinamizador da Autarquia, capaz de atrair investimentos de qualidade para o concelho. A concorrência é forte, mas nada se consegue sem trabalho e empenhamento.

    Por: Afonso Lobão

     

     

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