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    Arquivo: Edição de 20-12-2006

    SECÇÃO: Saúde


    Cuidados paliativos

    Foto ARQUIVO SCPB
    Foto ARQUIVO SCPB
    Nas últimas décadas temos vindo a assistir ao aumento gradual de algumas doenças crónicas, isto deve--se ao envelhecimento progressivo da nossa população.

    Os avanços conseguidos no tratamento específico de doenças tais como o cancro, têm permitido um aumento significativo da sobrevivência e qualidade de vida.

    Actualmente, um dos grandes medos existentes na nossa sociedade, é a crença de que a morte é um processo doloroso, e quase sempre acompanhado de sofrimento.

    Os Cuidados Paliativos afirmam a vida e vêem a morte como um processo natural, proporcionam aos doentes o alívio da dor e de outros sintomas e não antecipam nem atrasam intencionalmente a morte.

    Segundo a Organização Mundial de Saúde Cuidados Paliativos podem ser definidos como, «Cuidados globais e activos a doentes cuja doença não responde ao tratamento curativo e para os quais é necessário e essencial o controlo da dor e outros sintomas, a atenção aos problemas psicológicos, sociais e espirituais para conseguir uma melhor qualidade de vida para o doente e sua família».

    Tratam-se de cuidados activos, numa aproximação global à pessoa portadora de uma doença grave, evolutiva ou terminal. Os seus objectivos são de aliviar as dores físicas, assim como os sintomas e de aliviar o sofrimento psicológico, social e espiritual.

    A equipa de saúde oferece um sistema de apoio para ajudar os doentes a viver o mais activamente e criativamente possível, oferece também um sistema de apoio para ajudar os familiares do doente a adaptarem-se à doença e no processo de luto.

    Os Cuidados Paliativos acabam quando conseguimos proporcionar ao doente uma morte digna, sem sofrimento e com acompanhamento da família em todo o processo, tendo sempre em atenção que as intervenções devem sempre trazer benefício efectivo ao doente e nunca ser fonte de desconforto ou de riscos inaceitáveis para o mesmo.

    Todavia quando o objectivo de prolongar a vida não pode já ser atingido, o alívio da dor torna-se o objectivo prioritário a ser procurado durante o tempo que resta de vida do doente.

    Qualidade de vida para os doentes internados em unidades de cuidados paliativos é aquilo que a pessoa considera como tal, é o controlo dos sintomas físicos descritos, o estabelecimento de relações sociais e a manutenção da capacidade física.

    Com o evoluir da ciência, dispomos hoje de muito mais conhecimento do que à alguns anos atrás, conhecimento esse que faz com que perante nós (equipa de saúde) se encontrem difíceis escolhas e complicados dilemas éticos, quando abordamos a morte.

    É tão digno ajudar a morrer com qualidade de vida, como a curar quem tem de ser curado.

    Por: Sónia C. Pinto Briga *

    * Enfermeira especialista em Enfermagem Médico-Cirúrgica.

     

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