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    Arquivo: Edição de 30-11-2006

    SECÇÃO: Destaque


    Lear: trabalhadores e empresa chegaram a acordo quanto aos valores das indemnizações

    Foto ARQUIVO MANUEL VALDREZ
    Foto ARQUIVO MANUEL VALDREZ
    Mais cedo do que se imaginaria os trabalhadores da Lear/Valongo e a administração da multinacional norte-americana chegaram a acordo quanto aos valores das indemnizações para as rescisões de contrato.

    O “fumo branco” nas negociações, por assim dizer, surgiu no passado dia 16 de Novembro, dia em que ficou assente que o valor das indemnizações a ser recebido pelos funcionários pelo fecho da empresa será de dois salários por cada ano de trabalho e mais uma verba de 500 euros, proposta esta apresentada pela administração da Lear e aceite pela maioria dos trabalhadores.

    Conforme noticiámos na última edição do nosso jornal, a empresa anunciou publicamente na segunda semana do presente mês o fecho da unidade fabril de Valongo, colocando assim 545 operários no desemprego. Na altura, a Lear Corporation referiu que o valor das indemnizações nunca seria inferior a 1,85 salários por cada ano de trabalho, um valor igual ao que foi recebido pelos funcionários que em Maio último rescindiram contrato com a empresa por mútuo acordo. No entanto, este valor não era do agrado dos 545 trabalhadores, que pediam um pouco mais, pois tal como referimos na edição 765 d´A Voz de Ermesinde o SINDEL (Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Eléctricas do Norte) era da opinião de que pelo facto de estes funcionários terem ficado até ao fim da existência da empresa em Valongo, terem aguentado o “barco” até ao fim, como se diz na gíria, deveriam receber uma compensação maior do que 1,85.

    Acordado ficou também que a empresa irá proceder ao processo de despedimento colectivo de forma a salvaguardar o acesso dos trabalhadores ao subsídio de desemprego. A Polónia será o destino de toda a produção da Lear/Valongo, conforma já havíamos frisado na última edição.

    De recordar também que a empresa começará a efectuar os primeiros despedimentos no início de Dezembro, sendo que as portas da Lear/Valongo encerrarão definitivamente em Abril do próximo ano.

    A empresa sublinhou assim publicamente a sua intenção de cumprir o acordo estabelecido com o Estado Português (no que toca a incentivos fiscais), o qual terminará no final do presente ano. Uma situação para a qual a Agência Portuguesa para o Investimento (API) apresenta uma visão diferente, já que no seu entender com este encerramento a Lear não está a cumprir com o contrato de investimento celebrado com o Estado, ameaçando por isso com consequências graves, explícitas na lei, para a empresa, mais concretamente na devolução por parte desta dos incentivos acordados aquando da assinatura do projecto de investimento.

    Com o encerramento da Lear/Valongo, assiste-se assim ao aumento da longa – e assustadora – lista de desempregados no concelho de Valongo.

    Em anexo apresentamos também as tomadas de posição das Comissões Políticas Concelhias do PSD, PS, CDU e BE em relação a este flagelo social que está a ser vivido

    Por: Miguel Barros

     

     

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