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    Arquivo: Edição de 30-11-2006

    SECÇÃO: Destaque


    ENTREtanto • 9ª MOSTRA INTERNACIONAL DE TEATRO

    Uma grande e divertida "Noite de Reis" como há muito já não víamos...

    Foto MANUEL VALDREZ
    Foto MANUEL VALDREZ
    Já imaginou dez personagens e um cão encarnados pela mesma pessoa quase em simultâneo? Se acha tal tarefa impossível de levar avante então é porque não assistiu a “Noite de Reis”, uma obra de arte teatral levada à cena na noite de 24 de Novembro.

    Criada a partir da obra homónima de William Shakespeare, “Noite de Reis” foi para nós um dos momentos altos desta 9ª Mostra Internacional de Teatro de Valongo. Um magnífico espectáculo de teatro visual, onde a expressão corporal assume um papel importante no desenrolar da acção.

    De enaltecer a grandiosa actuação da actriz Leonor Keil, que a solo deu vida – praticamente ao mesmo tempo, como já atrás referimos - às 10 peculiares personagens, e ao cão, desta “Noite de Reis” de Shakespeare, sendo elas Violeta, o seu “idêntico” irmão gémeo Sebastião, o duque, a condessa Olívia, D. Telmo, D. André, o mordomo Malvólio, António, Maria e o já referido cãozinho, cujo nome era simplesmente... cão.

    Leque de personagens que foi protagonista de uma comédia recheada de muita confusão, amor não correspondido, luxúria, intriga, interesse, artimanhas, comportamentos estranhos, sedução, alguma demência, e claro está, muita, mesmo muita, diversão, último facto este comprovado através do público presente na sala de espectáculos do Fórum Cultural de Ermesinde, que se divertiu a valer com esta história.

    De uma forma mais concreta “Noite de Reis” é a história de Violeta, uma jovem que juntamente com o seu irmão Sebastião fica à deriva no meio do Mediterrâneo depois de o navio em que viajavam ter naufragado.

    Posteriormente, e sem a companhia do seu irmão que julgava morto, a jovem chega a Ilíria onde conhece o duque daquele local, o qual está loucamente apaixonado pela condessa Olívia que por sua vez ignora o amor do nobre. Violeta faz-se passar por rapaz para conseguir o lugar de “moço de recados” do duque, para a mando deste fazer a corte à condessa, levando uma série de presentes originais - pelo menos na visão do duque – para a dama.

    Do “círculo” de relações da condessa fazem ainda parte o seu tio D. Telmo; D. André, que também se encontra loucamente apaixonado pela jovem condessa Olívia; o mordomo Malvório, que sonha casar-se com Olívia para um dia poder vir a realizar o sonho de ser conde; e ainda a divertida empregada Maria.

    Condessa Olívia que mais tarde acaba perdida de amores por Violeta julgando ser esta um rapaz, ao passo que esta última personagem apaixona-se pelo seu patrão, o duque. Com o aparecimento do irmão gémeo de Violeta instala-se a confusão de identidades, com a condessa a casar com Sebastião pensando que este era Violeta. Tudo isto depois de o jovem rapaz ter sido desafiado para um duelo pelo enciumado D. André, que por sua vez pensava que Sebastião era Violeta... Enfim, uma grande e divertida confusão à “moda” de Shekespeare. Ah, a história termina com Violeta e o duque juntos e apaixonados.

    Em suma, uma grande noite de teatro, sem margem para dúvidas.

    Ficha Técnica

    Encenação: John Mowat

    Criação: John Mowat/ Leonor Keil a partir de “Noite de Reis” de William Shakespeare.

    Interpretação: Leonor Keil.

    Produção: Companhia Paulo Ribeiro e Centro Cultural de Belém.

    Por: Miguel Barros

     

     

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