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Viatura única no Distrito do Porto está prestes a chegar aos BV de Ermesinde

Como em qualquer outra corporação deste país os BVE procuram sempre ter ao seu dispor um vasto e qualificado conjunto de equipamentos de modo a assegurarem eficazmente o bem-estar da população. E é com base nisso que os “soldados da paz” de Ermesinde adquiriram já uma viatura única em termos de associações de bombeiros voluntários. Trata-se de um desencarcerador pesado (que irá estar aos dispor dos BVE em finais de Novembro próximo), uma viatura nova, de marca Mercedes, que nas palavras de Artur Carneiro é extremamente necessária não só para a freguesia como para o restante concelho, visto que a actual viatura que desempenha essas funções esta já muito gasta e velha, não oferecendo por isso as condições necessárias para a actuação dos bombeiros. «Ao nível do Distrito do Porto vamos ser a única corporação de bombeiros voluntários a ter uma viatura com estas dimensões, a qual possui dois eixos e tracção às quatro rodas e vem equipada com uma grua extensiva de 15 metros capaz de levantar um peso até 900 kg. É um carro próprio para salvar vidas, para salvar pessoas que fiquem encarceradas nas suas viaturas aquando da ocorrência de um acidente grave», informou.

Em termos numéricos este novo carro custa qualquer coisa como 165 000 euros (mais o acréscimo do IVA), sendo que 83 000 euros desse valor já foram comparticipados pelo Serviço Nacional de Bombeiros. Os restantes 82 000 euros terão de ser suportados pelos próprios BVE, sendo que mais uma vez a associação irá pedir – ao que tudo indica – a imprescindível ajuda da população em mais esta importante aquisição. «A autarquia já nos disse que não vai dar apoio (monetário) para a compra da viatura, dizem que não têm dinheiro, por isso só nos resta, uma vez mais, contar com a importante, e incansável, ajuda da população», referiu Artur Carneiro.

Num futuro próximo a associação pretende igualmente adquirir uma nova viatura de combate a incêndios, uma vez que as actuais estão já bastantes desgastadas fruto do muito serviço que têm tido nos últimos anos. Aliás, e por falar em incêndios, aproveitámos a oportunidade para pedir a Artur Carneiro – na qualidade de presidente da corporação – que nos fizesse um breve balanço da época de fogos que há pouco terminou. Balanço cuja resposta não poderia ter sido mais concisa e directa, «este ano tivemos menos trabalho, e porquê? Porque simplesmente já não havia mais nada para arder, pois o ano passado ardeu tudo. 2005 foi um ano terrível».

Por: MB