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    Arquivo: Edição de 30-09-2006

    SECÇÃO: Destaque


    REUNIÃO DA ASSEMBLEIA DE FREGUESIA DE ERMESINDE

    Novo voto de protesto de Ermesinde contra decisão de Fernando Melo

    A Assembleia de Freguesia de Ermesinde, reunida no passado dia 15 de Setembro, voltou a condenar, tal como a Junta em reunião anterior, a decisão do presidente da Câmara Fernando Melo em condicionar o acesso a instalações do município àquele órgão autárquico, verificada a presença do actual tesoureiro da Junta – e igualmente militante do PSD – Américo Silva. A decisão da Assembleia de Freguesia de Ermesinde foi tomada por maioria simples de votos.

    Entre outros assuntos abordados na reunião figuraram as carências em matéria de segurança, o alargamento da EB 2,3 de S. Lourenço e a notícia de que as obras no novo Centro de Saúde arrancariam ainda este mês.

    Fotos URSULA ZANGGER
    Fotos URSULA ZANGGER
    Voltou a ser o assunto mais polémico da sessão, longe da unanimidade. A maioria PS//CDU/BE acabaria por ver a sua posição aprovada, embora apenas por um voto de diferença.

    O socialista Manuel Costa abriria as hostilidades neste ponto: «Nada do que existe no concelho pertence ao Dr. Fernando Melo».

    O autarca ermesindense acusou mesmo o presidente da Câmara de apenas repetir uma velha atitude de confronto para com a Junta de Ermesinde, já verificada com as presidências de Junta de Jorge Videira e de Casimiro Gonçalves. Costa acusou também o líder municipal de ter chamado o «subserviente» Artur Pais para lhe «puxar as orelhas». E que a reprimenda a Américo Silva («por ele ter dito ... que a Câmara foi convidada para um evento na cidade de Ermesinde e quem a dirige não ligou nenhum» só não foi maior porque o tesoureiro da Junta é do PSD e «se fartou de trabalhar para a sua eleição. Porque, se fosse doutro partido, pedia ao padre da freguesia para o excomungar». Manuel Costa terminou a sua intervenção dirigindo-se ao presidente da Assembleia: «Sr. Presidente da Assembleia, esperamos sinceramente que sobre este assunto não tome uma atitude que nos envergonhe a todos».

    Raul Teixeira usaria da palavra para condenar os termos da intervenção de Manuel Costa, enquanto o comunista Carlos Coutinho anunciava que votaria a favor de uma posição de sentido idêntico à que tinha sido aprovada na Junta.

    Por sua vez, o bloquista Luís Santos declarou também a sua oposição à atitude de Fernando Melo: «A Junta de Freguesia de Ermesinde não é do Sr. Américo Silva, como não é do Sr. Artur Pais».

    A POSIÇÃO DE ANTONINO LEITE

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    Encarada com expectativa era a posição a tomar pelo presidente da Assembleia Antonino Leite.

    O autarca começou por fazer a sua reconstituição dos factos ocorridos no parque urbano (ver “A Voz de Ermesinde” anterior). Nomeadamente que Américo Silva, durante o Festival de Folclore da Casa do Povo de Ermesinde, tinha agradecido a sua presença «ao contrário de outros». E definiu a sua posição esclarecendo que entendia que o presidente da Câmara deveria zelar para que os equipamentos pagos pela Câmara servissem para o fim a que se destinam e «não para serem palco de emissão de comentários deselegantes».

    Aprovava, por isso, a posição de salvaguarda de espaços públicos tomada por Fernando Melo, embora não aprovasse a forma como lhe tinha sido transmitida a informação sobre as palavras proferidas no acto.

    Já depois de apresentada a posição do presidente da Assembleia de Freguesia de Ermesinde (AFE), o socialista Carlos Ricardo anunciaria a apresentação de uma proposta de moção que viria a ser aprovada por 10 votos a favor e 9 contra.

    OUTROS ASSUNTOS

    Outros temas abordados na sessão foram a falta de segurança em Ermesinde, questão a que o Comando Metropolitano da PSP (Porto), solicitado para intervir, terá respondido não haver um acréscimo significativo da criminalidade, embora reconhecendo as deficiências das instalações da PSP local.

    A socialista Juliana Silva apresentou algumas queixas, com destaque para o mau estado – crónico – da Estrada das Macieiras.

    O comunista Carlos Coutinho, após um “controlo de tarefas” feito a Artur Pais, abordou a decisão recente de alargamento da Escola EB 2, 3 de S. Lourenço, criticando a DREN por ter adiado uma «solução capaz».

    Questionando a qualidade da oferta de equipamentos escolares na cidade, que ficará agora agravada com a diminuição do espaço de recreio naquele estabelecimento de ensino, Carlos Coutinho lamentou ainda os atrasos na apresentação da carta Educativa e questionou o presidente da Junta sobre as respostas da DREN ao pedido de reunião antes proposto por Sónia Sousa, da CDU, na Junta.

    Por: LC

     

     

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