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    Arquivo: Edição de 15-03-2006

    SECÇÃO: Editorial


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    O ensino das artes

    Não consigo imaginar um mundo sem actividade artística. Desde que há memória da vida do homem na terra que ele se preocupou com os aspectos estéticos e espirituais para além da sua sobrevivência.

    Sem arte a vida perdia o seu sentido e prazer. A vida também é beleza, poesia e mistério... Houve um tempo em que se acreditou que o progresso científico e tecnológico era suficiente para criar a felicidade humana, hoje não se pensa assim e é a própria ciência que o tenta provar.

    Realizou-se de 6 a 9 de Março em Lisboa a Conferência Mundial sobre a Educação Artística organizada pela UNESCO.

    Esta conferência tinha quatro grandes objectivos:

    • Defesa da Educação Artística, salientando a importância da diversidade cultural;

    • Impacto da Educação Artística;

    • Estratégias para promover políticas de Educação Artística;

    • Formação de Professores.

    Não é todos os dias que se consegue juntar 1 200 pessoas de 90 países diferentes a reflectir sobre o papel das artes no desenvolvimento educacional das crianças.

    Nesta economia globalizada dominada pelo progresso científico e tecnológico, algo está a mudar, especialmente na área da informação. Surgem novas profissões, consequência duma nova composição dos sectores económicos, modificando padrões de emprego e mercado, influenciando a imigração e, inevitavelmente, alterando o estilo de vida, regras sociais e políticas e a própria ordem da concorrência internacional estabelecida há longa data.

    E é neste contexto que se constata que a educação artística tem um papel importantíssimo na formação dos nossos alunos, estimulando não só as suas capacidades intelectuais, como o seu desenvolvimento social.

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    António Damásio, presente nesta conferência referiu:

    «As opiniões correntes sobre a neurobiologia da emoção, a tomada de decisões e comportamento social tornam altamente provável que um programa de educação que acentue a necessidade premente da ciência e da matemática, e um curriculum reformulado nas artes e humanidades, minimizará certamente o impacto negativo da dissociação do cognitivo/emocional».

    Ainda há quem pense que a educação artística não serve para nada ou então que é um luxo mas, antes pelo contrário, ela é uma necessidade para a Educação do século XXI. Hoje a palavra-chave é Criatividade. Durante 25 anos realizaram-se ao nível do ensino em todo o mundo investigações e experiências cujos resultados foram apresentados na Conferência de Lisboa; em todas elas foi destacado o papel da Educação Artística, não apenas como tema de estudo, mas como um instrumento importantíssimo de aprendizagem e método.

    E porque fazer jornal é muito mais do que um mero acto informativo, fica muito bem nesta crónica lembrar que este é o n.º 750. E este número pode ser pretexto para uma infinidade de actos criativos – textos, jogos, objectos plásticos, eu sei lá...

    Porque não transformar um número de “A Voz de Ermesinde”, reutilizando-o de forma criativa? Faça-nos chegar esse trabalho à nossa Redacção que, para os que considerarmos mais imaginativos, temos cá umas lembranças.

    Por: Fernanda Lage

     

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