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    Arquivo: Edição de 15-04-2005

    SECÇÃO: Editorial


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    Caminhos que Abril abriu

    O Portugal livre e democrático no qual hoje vivemos nasceu no 25 de Abril de 1974.

    Nunca é demais lembrar esse dia, realmente há um antes e um depois. Abril abriu a porta da liberdade, da democracia, da paz, da criação de um Estado de direito, da procura de uma sociedade mais justa, do direito à diferença, à indignação, à greve.

    Para os que nasceram depois de 1974 será muito difícil imaginar o que era viver num país em que rara era a família que não tinha alguém a combater em África, outros eram desertores, as prisões políticas estavam cheias, os líderes da oposição exilados, tudo era vigiado, os sindicatos eram poucos e fortemente controlados, não havia direito à greve, não se podia comemorar o 1º de Maio .

    Hoje votamos em liberdade, escolhemos os nossos governantes, os nossos autarcas, participamos activamente no nosso quotidiano.

    Abril abriu-nos o caminho do convívio com os outros povos. Antes as notícias eram escassas, conhecia-se mal o que se passava nos outros países. A nossa actividade cultural não tinha visibilidade. Portugal era um país de turismo em busca do sol e dum mundo rural arcaico em que as mulheres vestiam de preto e os homens partiam clandestinos à procura de trabalho.

    Hoje Portugal é um país reconhecido, integrado na Europa, onde está representado ao mais alto nível.

    Iniciativas como a Europália, Lisboa Capital da Cultura, a Expo 2000, a presença em feiras de livro internacionais, Porto Capital Europeia da Cultura 2001, são alguns exemplos da internacionalização do nosso país. A nível político a nossa integração no Mundo é completa, ocupando cargos de responsabilidade quer na União Europeia, quer nas Nações Unidas. Culturalmente somos reconhecidos. Recorde-se, entre outros, o Nobel da Literatura de Saramago, e os vários prémios internacionais de Siza Vieira .

    Ainda há poucos dias o Presidente Jorge Sampaio foi recebido em França com toda a pompa e circunstância. A sua visita à Assembleia da República Francesa encheu-nos de orgulho, aplaudido de pé no ninho da democracia...

    Hoje não temos vergonha de falar Português na Europa e no Mundo.

    Os portugueses são reconhecidos em diferentes áreas do saber e deixaram de ser apenas aqueles pobres imigrantes que se sujeitaram por este mundo fora aos trabalhos mais desclassificados.

    Ainda está muito por fazer, mas esta liberdade já ninguém nos tira.

    Por: FL

     

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