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Edição de 29-02-2024
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    Arquivo: Edição de 31-03-2022

    SECÇÃO: Cultura


    Grupos de Ermesinde subiram ao palco da Mostra de Teatro Amador

    Teve início neste mês de março a edição de 2022 Mostra de Teatro Amador (MTA) de Valongo. A primeira sessão ocorreu no palco da Sala das Artes do Fórum Vallis Longus, no passado dia 4 de março, com a peça “Queridas Amigas” interpretada pelo grupo “Teatro Amador Susanense”. Esta iniciativa cultural do Município de Valongo, que é já uma tradição com bastantes anos apenas interrompida pela pandemia, só termina no dia 7 de maio, na Casa de Espetáculos do Fórum Cultural de Ermesinde. Até ao momento em que escrevemos três grupos de teatro da cidade já se exibiram nesta Mostra: o Grupo de Teatro da Universidade Sénior de Ermesinde (USE), o Grupo “Casca de Nós” da Associação Académica e Cultural de Ermesinde (AACE) e o Grupo do “Sabor a Teatro – Associação Cultural”. Fiquemos então com o resumo das atuações dos grupos da nossa cidade.

    Fotos CMV
    Fotos CMV
    Grupo de Teatro da USE leva à cena “O Desenterro”

    O “Grupo de Teatro da Universidade Sénior de Ermesinde (USE)”, uma das mais recentes valências da Agorárte - Associação Cultural e Artística, apresentou a sua peça de teatro, intitulada “O Desenterro”, na Sala das Artes do Fórum Vallis Longus (em Valongo), na noite de 11 de março. Perante uma razoável afluência de público, que teria sido bem maior se a sua atuação tivesse sido em Ermesinde, os estudantes da disciplina de Teatro, exibiram-se a contento de quem pôde assistir. A história, entre a comédia e o drama, onde não falta a hipocrisia da nossa sociedade, conta-se depressa: numa sala está uma mulher, supostamente morta, deitada na cama; junto dela, a irmã Maria chora a sua morte; ao lado está o cangalheiro e o seu ajudante a tirar as medidas à morta. No lado oposto, o amigo mudo, Zé, chora também. Vão chegando as amigas, sempre chorando e tecendo os maiores elogios à morta; mais tarde, depois de tanto choro, vão-se revelando; ao princípio a morta é apresentada como uma santa, mas com o decorrer do tempo ela passa a ser “pintada” como uma bêbada, mentirosa e malcheirosa. Depois de tanto fingimento e cerimónia, vão decidindo, aos poucos, abandonar o local, mas voltam logo que a irmã da morta oferece o jantar, para comemorar. No fim, surpreendentemente, a “morta” levanta-se provocando o pânico geral, algumas amigas fogem…

    O Grupo de Teatro da USE é dirigido pela professora-encenadora Benvinda Moreira Fernandes e na presente peça deram corpo às várias personagens as(os) seguintes atrizes(atores), respetivamente: Mariana, a defunta - Conceição Veloso; Maria, irmã da morta - Fátima Vasconcelos; Alice, amiga – Fátima Gonçalves; Cíntia, amiga – Maria José Silva; Talita, amiga – Teresa Oliveira; Kelly, amiga – Elisabete Castro; João Maria Feio, o cangalheiro – Jorge Marques; Zé, o mudo – Arlindo Ramalho; e Justino, ajudante de cangalheiro – Emanuel Carneiro.

    No fim interveio Benvinda Fernandes para agradecer a iniciativa cultural da Câmara Municipal de Valongo, falar do trabalho desenvolvido com estes estudantes seniores e lembrar os que sofrem com a Guerra injustificada que mata inocentes na Ucrânia. Os intervenientes no espetáculo foram brindados com flores e palmas.

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    Sabor a Teatro apresenta “Ah! Os dias felizes”

    Nos dias 19 e 20 de março (sábado e domingo), foi a vez do Grupo “Sabor a Teatro – Associação Cultural” participar na MTA, com a peça “Ah! Os dias felizes”, na Casa de Espetáculos do Fórum Cultural de Ermesinde.

    No dia da estreia (sábado à noite), a melhor e maior sala da Mostra estava quase cheia com mais de duas centenas de espetadores. No dia seguinte (tarde de domingo) o número de pessoas a assistir foi cerca de metade. Nós assistimos à peça no dia da estreia. O jovem grupo de atores, dirigido pela encenadora Diana Alves Costa, teve um excelente desempenho a que, de resto, já nos habituou. Desta vez entraram em palco as atrizes e os atores seguintes: Telma Lopes, Mariana Oliveira, Anaísa Leal, Márcia Azevedo, Ana Rita Tavares, Luís Dias, João Oliveira, Miguel Martinho, Pedro Ramalho, Vasco Ferreira e Lourenço Silva.

    Em “Ah! Os dias felizes”, os espetadores têm a oportunidade de conhecer dois personagens que são interpretados pelo “Sabor a Teatro” por vários atores/atrizes (oito atrizes e atores interpretam Winnie, enquanto três atores dão corpo a Willie). Winnie é uma mulher de cerca de 50 anos, que começa o enredo enterrada permitindo observar a sua aparência apenas da cintura para cima. Ela fala sem parar, quase de uma forma compulsiva. O espetador fica facilmente perdido na falta de sentido de suas observações sobre o quotidiano e sobre a sua vida passada, e na falta de sentido das suas ações imóveis. Enterrada, ela tem ao alcance das mãos apenas o saco, com objetos como um espelho, uma escova e um revólver, a partir dos quais cria uma rotina.

    A companhia de Winnie é o marido, Willie, de cerca de 60 anos, silencioso e apático, caído atrás do monte. Ela mal o consegue ver, assim como o espetador. Mesmo quando se dirige a ele, a protagonista está, na verdade, quase sempre a falar sozinha, perdida nos seus devaneios. Ela quer lembrar-se, mas não confia nele para a ajudar. Winnie pergunta e responde o que precisa recordar.

    Winnie está dolorosamente consciente da sua situação física, mas não do seu absurdo. É essa inconsciência que faz a própria força de Winnie. Ela reconstrói-se com uma graça e tenacidade extraordinárias, tentando afastar o sentimento de incapacidade que cresce. Relembra alguns objetos ao seu alcance, com os quais se vai distraindo, já que o tempo custa a passar pela monotonia. Willie, seu companheiro, arrasta-se sob os seus pés, lendo o jornal, aborrecido. O jornal que Willie lê em palco é “A Voz de Ermesinde” – agradecemos a este grupo de teatro de Ermesinde esta simpatia para com o jornal da cidade. O espetáculo termina entre muitos aplausos e com a subida ao palco da encenadora, Diana Alves Costa, que apresenta cada um(a) dos(as) atores(atrizes) com um adjetivo que o(a) caracteriza e o nome próprio, ao mesmo tempo que distribui uma flor a cada um(a).

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    Grupo Casca de Nós trouxe até Ermesinde “Romeu e Julieta”

    Na noite de 12 de março a Casa de espetáculos do Fórum Cultural de Ermesinde encheu para ver a atuação do Grupo Casca de Nós, valência da Associação Académica e Cultural de Ermesinde, que levou à cena a peça “Romeu & Julieta”. Refira-se que sobre esta peça já demos destaque na nossa edição de novembro do ano passado, altura em que o grupo ermesindense estreou esta peça baseada na obra de William Shakespeare no Auditório Municipal de Gondomar. Agora, foi a vez da cidade natal do grupo testemunhar e aplaudir o seu mais recente trabalho, que nos leva até Verona, «uma cidade a florescer, onde duas famílias inimigas desencadeiam discórdias devido a antigos rancores. E delas nascem dois amantes, Romeu Montéquio e Julieta Capuleto em que o destino os cruza e só o futuro desvendará se este rancor em puro amor se converterá. Esta bela e trágica história de amor é apresentada em dois atos em que o ódio fará as suas vítimas e uma carta que não chega ao destino será o meio para o desfecho deste clássico shakepeariano. Sempre se disse que a linha entre o ódio e o amor é muito ténue e bem o poderemos comprovar depois de assistirmos a esta obra de William Shakespeare que, ainda hoje, nos emociona», assim diz a sinopse da peça.

    Mário Sá é o encarregado da Encenação, Adaptação Dramatúrgica e Direção Artística de uma peça cujo elenco foi o seguinte: Gabriel Pinto, Filipa Rocha, Manuel Moreira, Soraia Larassou, Paulino Laranjeira, Assunção Coelho, André Pinto, Gonçalo Ferreira, Hermínia Carvalho, Justino Pinheiro, Manuel Ortigão, Leonilda Moreira, Helena Guedes, Sandra Monteiro, Rita Rocha, Adelaide Vicente, Catarina Sá, Joana Andrade e Anabela Coelho.

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