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    Arquivo: Edição de 15-12-2020

    SECÇÃO: Editorial


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    Feliz Natal!

    Desde a primeira metade do século IV (336) depois de Cristo que se celebra a Festa da Natividade de Jesus de Nazaré no dia 25 de dezembro. Ao longo do tempo, a Festa do Natal procurou significar sempre alegria na família, solidariedade, amizade e paz.

    Mas infelizmente para muitas pessoas, o Natal de 2020 significa tempo de ansiedade, de desemprego, de tristeza, de doença, de sofrimento e luto.

    O Cristianismo foi uma religião revolucionária pregada por Jesus Cristo, na Judeia, ainda no tempo do Imperador Octávio César Augusto. Inicialmente, a nova religião era vista como uma seita ou heresia do Judaísmo, mas rapidamente, se impôs como religião, divulgando uma nova mensagem de fraternidade e solidariedade humanas, humildade e pacifismo, unicidade e salvação, prometendo aos crentes, a imortalidade, após a morte física.

    Rapidamente, a nova religião se espalhou entre os pobres e por todo o Império Romano. Nos primeiros tempos, foi perseguida pelo poder político, em virtude do seu sentido universal, como doutrina; pelo seu carácter exclusivo e messiânico, pela sua tendência para o segregacionismo e secretismo das comunidades de fiéis e, sobretudo, pela sua recusa em prestar culto a outras divindades.

    Contudo, a partir do imperador Constantino, terminaram as perseguições: o Édito de Milão, em 313, estabelece a liberdade de culto.

    O carácter revolucionário do Cristianismo, bem patente no conteúdo inovador da sua pregação, levou a ferozes perseguições que obrigaram os crentes desta nova fé a viverem em total clandestinidade.

    Mas o triunfo do Cristianismo como religião oficial do Império Romano, dá-se com o Imperador Teodósio através do Édito de Tessalónica. Nascendo dentro da civilização romana, o Cristianismo, como religião, como mentalidade e como cultura, assume uma matriz clássica, isto é, assimilou muito da cultura greco-romana, que é bem manifesta na retórica dos bispos cristãos, no direito canónico, no cerimonial da liturgia, na estrutura dos templos e até nos seus elementos decorativos (estátuas e relevos). No aspeto político, a Igreja Católica conservou toda a organização da administração romana.

    Com o objetivo de contribuírem para o fim da instabilidade e insegurança que se vivia na Europa Ocidental, após a queda do Império Romano do Ocidente, houve tentativas de restauração do Império do Ocidente. Foi o caso do Império de Carlos Magno (que, curiosamente, foi coroado Imperador no dia de Natal do ano 800, pelo Papa Leão III) e do chamado Sacro Império Romano-Germânico, que começou com Otão I (em 962) e terminou formalmente com Francisco II (em 1806, aquando das campanhas napoleónicas).

    Longe destes tempos atribulados pela violência da força da espada ou da espingarda, vivemos, no entanto, confrontados com uma pandemia que lavra, entre toda a humanidade, há 9 meses. Milhões de infetados (mais de 72), mais de um milhão e meio de mortos. Milhões de pessoas isoladas, milhões de pessoas desempregadas, milhões a morrer por outras doenças que não são atempadamente tratadas.

    Mas porque estamos a viver a quadra Natalícia, é tempo de renovar a esperança em melhores dias! Desejo, apesar dos constrangimentos do momento, um Excelente Natal aos nossos leitores, colaboradores, anunciantes e a todos os ermesindenses, em geral, na expetativa de que para o próximo ano, nesta altura, já estejamos todos bem! Feliz Natal!

    Por: Manuel Augusto Dias

     

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