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Edição de 31-03-2024
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    Arquivo: Edição de 31-01-2020

    SECÇÃO: Opinião


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    VAMOS FALAR DE ASSOCIATIVISMO (23)

    Uma iniciativa necessária e louvável

    A realização de uma Conferência sobre Associativismo, realizada no passado dia 18, no Porto, sob a responsabilidade da Academia das Coletividades do Distrito, permitiu um debate extremamente importante para o movimento associativo popular.

    Discutir temas como o Associativismo – Desafios do Século XXI e Associativismo no Feminino de uma forma aberta, responsável e participada quanto às questões sugeridas e outras que se juntaram ao leque de abordagem, foi o início de um projeto de debate que se pretende desenvolver continuamente.

    É importante salientar, também, a representação associativa nesta Conferência, que envolveu a presença de várias experiências de dirigentes representativos de estruturas associativas, contando também com autarcas procedentes de vários concelhos e freguesias do distrito, evidenciando opiniões diversas, quanto a esse futuro em discussão, comunicando projetos de trabalho já em desenvolvimento, todos com vontade de encontrar caminhos para este século que já leva 20 anos de existência.

    O TEMPO DE TRABALHO DE ORGANIZAÇÃO NACIONAL AINDA É CURTO

    A pertinência dos temas obriga-nos a recuar cerca de 30 anos, a um tempo em que se desencadeou todo um trabalho mais apurado quanto à necessidade de prestar ajuda à organização nacional das colectividades, um movimento existente mas, naquele espaço de tempo, com pouca definição de ação conjunta. Uma força nacional, real, que não se via como tal, mas a trabalhar numa grande parceria nacional.

    Para chegar aos tempos atuais, com mais preparação, contribuiu a afirmação da organização das coletividades, com a realização do seu Congresso Nacional, designado então como um “Congresso de Mudança” realizado em Almada em 1993.

    Faz sentido chamar a atenção para o Congresso seguinte, realizado em Loures, em 2001, com um objetivo fundamental de afirmação do movimento associativo, a nível nacional.

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    Recordar tal realidade e porque entretanto se realizaram várias outras ações que nos têm vindo a projetar para outros patamares organizativos, tem o sentido claro, de que para se chegar ao ponto onde estamos, não podemos deixar de evidenciar a ideia de que, em tão pouco tempo, se conseguiram alcançar patamares de representação muito para além do que seria imaginável, pelos promotores do Congresso de Almada, mas que refletiam já e positivamente, o pensamento de então, projetado na capacidade em acreditar à época, de que era possível chegar mais longe.

    Repare-se que já é dentro deste século XXI que tal ação acontece, e que se faz valer a presença da Confederação das Coletividades em espaços importantes da nossa economia, enquanto realidade concreta de Economia Social justamente reconhecida, ainda que, a nosso ver, insuficientemente.

    Ao marcar presença em todos os órgãos nacionais da economia social, não podemos deixar de salientar a integração mais recente no CES, Conselho Económico e Social, que nos tem permitido levar à discussão em sede de debate deste importante organismo nacional, o movimento associativo popular, que até então, muitos dos seus componentes de outros grupos sociais, desconheciam esta outra realidade de organização popular.

    20 ANOS É MUITO POUCO. MAS…

    Se nos cingirmos a este pequeno período do século em que estamos, até pode fazer sentido, para uma realidade individual. Mas numa outra perspetiva de realidade coletiva, é um tempo muito curto.

    Para quem faz deste processo de crescimento, a criação de uma força social organizada, com o objetivo de levar longe essa afirmação social, com dirigentes voluntários e benévolos, que trabalham gratuitamente e voluntariamente, porque assim entendem que deve ser, evidencia a existência de valores positivos, mas também transporta dificuldades que esse pequeno período temporal não resolve com facilidade.

    É longo o processo de organizar esta, como qualquer outra força social, com todas as normas necessárias para preparar uma estrutura nacional, que corresponda às necessidades mais imediatas.

    Vale sempre como atenuante altamente positiva, a valorização das várias experiências adquiridas por dirigentes, que as transportam das suas coletividades no exercício das suas diversas atividades e responsabilidades, onde tarimbaram processos de aprendizagem ao longo de décadas de atividade, conseguindo assim mostrar ser possível sustentar uma grande força social organizada.

    …e o século XXI?

    Aqui chegados, pretendemos muito mais para a defesa do movimento associativo, no seu caminhar no século XXI. Pretendemos, como verdadeiro poder que somos, ser parceiros nas medidas de intervenção e mudança social.

    (...)

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    Adelino Soares*

    *Confederação Portuguesa das Coletividades

     

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