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Edição de 31-03-2024
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    Arquivo: Edição de 31-01-2019

    SECÇÃO: Ciência


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    A CIÊNCIA HOJE (1)

    Explorar o “coração” de Marte

    Iniciamos este mês no jornal A Voz de Ermesinde um novo espaço dedicado à divulgação da ciência. A Ciência, sem nos apercebermos, exerce uma grande influência na nossa vida quotidiana, a ponto de ser difícil imaginar como seria o mundo atual sem a sua contribuição ao longo do tempo. A Ciência tem sido a grande responsável pelas transformações tecnológicas que têm suportado as incríveis evoluções na nossa sociedade pelo que se torna indispensável conhecer mais um pouco sobre algo que nos diz tanto. Esta divulgação acontecerá através da publicação de um artigo científico mensal, em linguagem corrente, e será feita recorrendo à plataforma “Ciência na Imprensa Regional”.

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    O artigo deste mês é sobre Marte, o Planeta Vermelho. Marte é o quarto planeta do Sistema Solar, a contar do Sol, e tem duas luas, Fobos e Deimos, que significam em grego, “medo” e “pânico”, respetivamente. Assim como o nosso planeta, também tem estações, calotas polares, vulcões e desfiladeiros, mas a possibilidade de existir água líquida na sua superfície ainda divide os cientistas. A autoria do artigo escolhido para esta edição é do Bioquímico António Piedade.

    «Marte sempre estimulou a imaginação humana, alimentou sonhos, forjou ficções científicas que hoje em dia, com o avanço da ciência e da tecnologia que permitiram várias missões exploratórias ao planeta vermelho, começam a tornar-se uma realidade próxima de ser concretizada. Fazer chegar o primeiro ser humano a Marte já está nas agendas das agências espaciais. Não temos notícia da existência de marcianos verdes, nem de outra cor, mas a eventual existência de vida microscópica pode ser descoberta a qualquer momento.

    Mas para planear científica e tecnologicamente uma ida humana a Marte, há ainda um oceano imenso de desconhecido. Não se conhece bem a geologia interna e a actividade sísmica do planeta, não se sabe qual a frequência e magnitude do impacto de meteoritos na sua superfície, não se sabe da existência ou não de água em quantidade apreciáveis no subsolo marciano.

    Para explorar melhor Marte e tentar responder a estas e outras questões, acaba de amartar na superfície do quarto planeta a contar do Sol, mais precisamente na região designada por Elysium Planitia, a sonda InSight (https://mars.nasa.gov/insight/) da Agência Espacial Norte Americana, NASA, que também leva ciência e tecnologia europeia. A chegada à superfície de Marte ocorreu no dia 26 de novembro cerca das 19h54 (hora continental portuguesa).

    Para a astrobióloga portuguesa Zita Martins, professora no Instituto Superior Técnico, em Lisboa, um aspecto interessante é que esta “missão irá estudar a temperatura do interior de Marte permitindo determinar se existe água na forma líquida no subsolo de Marte. A água no estado líquido é um dos requisitos necessários para um planeta ser habitável, isto é ter as condições para a vida existir.”

    A InSight vai ser a primeira missão a estudar as profundezas do planeta através de um sismógrafo muito sensível e de um magnetómetro. A superfície vai ser perfurada a uma profundidade de 15 metros, algo nunca antes feito pelas missões exploratórias anteriores. O conhecimento que se espera obter com as experiências que vão ser realizadas é imenso e pode dar-nos algumas surpresas nos próximo dois anos».

    Por: Luís Dias

     

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