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    Arquivo: Edição de 15-12-2017

    SECÇÃO: Saúde


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    A PRÓSTATA

    A próstata é uma glândula sexual masculina que com o avançar da idade pode causar sintomas desconfortáveis ao ponto de prejudicarem a qualidade de vida do homem. Estes sintomas traduzem-se em queixas do foro urinário e aparecem mais frequentemente entre os 45 e os 90 anos de idade, atingindo cerca de 90% dos homens inseridos nesta faixa etária. A presença de sintomas urinários pode estar associada a patologias da próstata como a Hipertrofia Benigna da Próstata e o Cancro da Próstata. Por outro lado também podem ser causados por outros motivos, como a Diabetes, AVC, Doença de Parkinson outras doenças do for neurológico.

    Hipertrofia

    Benigna

    da Próstata

    A Hipertrofia Benigna da Próstata (HBP) traduz-se num aumento em número de células da próstata e num aumento benigno do seu tamanho. Tornando-se o tumor benigno, mais frequente nos homens a partir dos 50 anos de idade, daí que o seu aparecimento está relacionado diretamente com a idade avançada. Trata-se de uma doença progressiva, mas o aparecimento de queixas urinárias nem sempre está diretamente relacionado com o aumento do tamanho da próstata. Porém, a próstata aumentada de volume provoca obstrução à passagem da urina, traduzindo-se em dificuldades ao urinar.

    Sintomas

    Os sintomas provocados pela HBP, têm haver com o aumento do tamanho da próstata que vai interferir com a via urinária. Alguns dos sintomas que podem estar presentes são: aumento da frequência ao urinar (urinar mais vezes), incontinência urinária, interrupção do sono por várias vezes durante a noite para urinar, necessidade de fazer força na zona abdominal para conseguir urinar, necessidade súbita e urgente de urinar, sensação de esvaziamento incompleto da bexiga e desconforto no "fundo da barriga".

    Situações mais graves de HBP podem complicar com retenção urinária, a pessoa não consegue urinar, aparecimento de sangue na urina ou mesmo infeções urinárias de repetição.

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    Diagnóstico

    Se um homem apresenta sintomas urinários, a causa dessas queixas tem de ser investigada. O levantamento da sua história clínica, passando pelos sintomas urinários, tempo de evolução dos sintomas e exame objetivo que poderá passar pela palpação abdominal e toque retal. Outro exames devem ser pedidos de modo a esclarecer a origem dos sintomas, nomeadamente análises ao sangue, análise à urina e ecografias aos rins, bexiga e próstata.

    Tratamento

    O tratamento da HBP tem como objetivo o alívio dos sintomas e a redução do tamanho da próstata. Para ambas as situações podem ser usados medicamentos de toma oral. Pode haver apenas necessidade da toma de um único medicamento ou então a associação de dois, um com a finalidade de aliviar os sintomas e outro para diminuir o tamanho da próstata.

    É necessário ter em conta que a medicação que possibilita a redução do tamanho da próstata tem de ser tomada a longo prazo, de forma a ser eficaz no tratamento. A medicação pode conseguir reduzir o tamanho da próstata em cerca de 20 a 30% e baixar os níveis de PSA (antigénio específico da próstata) no sangue para metade.

    Em determinadas situações, em que não existe melhoria com medicação oral ou existem outras complicações associadas, a cirurgia pode ter de ser a opção mais favorável.

    Rastreio

    do Cancro

    da Próstata

    O Cancro da próstataé dos tumores mais frequentes no homem, porém não existe evidência científica suficiente para recomendar o rastreio a todos os homens, nomeadamente com pedido de PSA no sangue. Este facto deve-se ao número de resultados de PSA que são falsos positivos para a presença de cancro na próstata. O PSA é um marcador tumoral do cancro da próstata, mas pode encontra-se em níveis aumentados noutras situações benignas e de fácil tratamento que não o cancro da próstata. Apesar de não estar recomendado o rastreio, nos homens que apresentem sintomas urinários a investigação deve ser efetuada. Contudo o utente deve ser informado dos riscos-benefícios de realizar a análise de PSA no sangue, pois podem advir do resultado, intervenções mais invasivas desnecessárias.

    Por: Daniela Medeiros Coelho*

    *Médica Interna de Medicina Geral e Familiar, Pós-graduada em Geriatria Clínica

     

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