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Edição de 31-03-2024
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    Arquivo: Edição de 31-07-2016

    SECÇÃO: Editorial


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    Boas Férias

    Até 1936 não havia férias para ninguém. A nível internacional, foi em França que esse direito foi reconhecido pela primeira vez. Hoje, o direito a férias tem dimensão universal e está consagrado em normas internacionais.Em 1936, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) aprovou a Convenção nº 52 sobre o direito a férias pagas, que muito poucos países ratificaram. A Declaração Universal dos Direitos do Homem afirma no seu artº. 24º. que"toda a pessoa tem direito ao repouso e aos lazeres, especialmente a uma limitação razoável da duração do trabalho e a férias periódicas pagas".

    Entre nós, em 1937, a lei consagrou esse direito, mas apenas para alguns trabalhadores e das maiores empresas, como recompensa e não propriamente como direito. A sua generalização a todos os trabalhadores só veio a acontecer em 1966.

    Hoje, o direito a férias é indisponível. A lei exige que se concretize em repouso efetivo e, por isso, não permite a sua substituição, ainda que com o acordo do trabalhador, por qualquer compensação económica ou outra.

    Mas não é apenas o repouso, como forma de recuperação de energias, que se pretende assegurar. É também proporcionar ao trabalhador "condições mínimas de disponibilidade pessoal, de integração na vida familiar e de participação social e cultural".

    Seja na praia, no campo, em casa, num hotel ou a fazer campismo, a verdade é que as férias são desejadas pela generalidade das pessoas.

    Entre nós, a esmagadora maioria dos trabalhadores goza as suas férias no verão, com especial incidência nos meses de julho e agosto.

    É no mês de agosto que, como de costume, A Voz de Ermesinde e os seus colaboradores vão de férias. Voltarão em setembro, podendo um ou outro seguir outro caminho."Há mar e mar, há ir e voltar," ou não.

    As férias são também período de reflexão, em que se avaliam os sucessos e desaires, o que se esperava e o que se não conseguiu.

    Pode chegar-se à conclusão de que nem tudo vale a pena e que o melhor é mudar de direção. Seguir o conselho de quem dizia: "onde não puderes amar, não te demores".

    Quando isso acontece, fica a lembrança e gratidão daqueles que dedicaram o seu tempo e trabalho à execução de uma obra que, mês após mês, se repetia e em que se viam realizados. Fica o agradecimento sentido aos que colaboraram, desinteressadamente, na prossecução de um objetivo em que acreditavam. Fica a satisfação de que mesmo em condições desfavoráveis e com dificuldades de vária ordem, alguma coisa de válido se conseguiu.

    Mas, fica também a certeza de que se não deve estacionar em becos sem saída, sob pena de se perder a liberdade de movimentos e deixar de se ser quem é. Há valores muito próprios e tão importantes que se não alienam seja a quem for, qualquer que seja o motivo.

    Haverá, seguramente, quem critique porque tudo e porque nada. Mas, como dizia Churchill, "prefiro sempre a orientação do meu coração aos calculismos da opinião pública".

    A todos os que, de alguma forma, se mantêm em contacto com o jornal A Voz de Ermesinde, desejo férias felizes e restauradoras das energias necessárias para resistir a mais um ano de trabalho.

    Por: Casimiro Sousa

     

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