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    Arquivo: Edição de 30-06-2016

    SECÇÃO: Saúde


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    ATCHIM... Rinite alérgica

    Com a chegada do tempo quente começam a aparecer os sintomas relacionados com a alergia a agentes do ambiente exterior. Os pólens e os fungos são os alergénios mais frequentes e é com o tempo quente, seco e o vento que a gravidade dos sintomas aumenta.

    Uma das doenças alérgicas mais comuns e com grande prevalência na população é a Rinite Alérgica. Frequentemente constitui um fator de risco para a Asma e/ou está associada ao eczema. Também pode complicar e associar-se ao aparecimento de conjuntivite e sinusite.

    O que acontece na rinite alérgica é uma inflamação da mucosa nasal, por culpa da exposição a alergénios (como os pólens, fungos, ácaros ou até mesmo o pêlo dos animais) que habitualmente são inofensivos ao nosso organismo. Contudo o que acontece nesta situação é que erradamente o nosso corpo reconhece estes alergénios como um ataque e em sua defesa estimula o sistema imunitário a produzir determinados anticorpos (imunoglobulina E) para combater a ameaça; desencadeando assim uma reação alérgica.

    SINTOMAS

    A resposta alérgica do nosso organismo, manifesta-se através de determinados sintomas: espirros, rinorreia ("pingo no nariz"), congestão nasal e prurido (comichão) nasal. Quando a conjuntivite está associada, coexistem sintomas como olhos irritados, com comichão e por vezes inchados.

    A Rinite Alérgica pode ser intermitente/sazonal (quando existem sintomas em menos de 4 dias/semana ou com duração inferior a 4 semanas) ou persistente (quando os sintomas ocorrem em mais do que 4 dias/semana e com duração superior a 4 semanas). A sua classificação, em ligeira ou moderada a grave é atribuída segundo a gravidade e a duração dos sintomas e o impacto que esta causa na qualidade de vida que quem sofre desta doença.

    Toda esta sintomatologia parece ligeira e de pouca gravidade clínica e de facto não deixa de ser verdade, uma vez que pode ser facilmente tratável ou até mesmo temporária sem necessidade de tratamento. Noutra perspectiva estes sintomas podem ser muito limitantes na vida diária de quem os experiência, interferindo com o padrão normal do sono, limitando atividades desportivas ou ao ar livre e por vezes prejudicando o rendimento escolar ou laboral.

    MEDIDAS

    PREVENTIVAS

    A medida principal é mesmo tentar evitar a exposição aos alergénios desencadeantes. Esta evicção e/ou prevenção pode passar por evitar passeios no campo quando o tempo está mais quente e seco; viajar de automóvel com os vidros fechados; fechar as janelas de casa; manter a casa limpa e livre de pó (ácaros); evitar alcatifas e muitos tapetes e evitar espaços com exposição ao fumo do tabaco.

    TRATAMENTO

    Quando as medidas de prevenção não são eficazes, pode e deve procurar o seu médico que o ajudará e indicará o tratamento mais adequado para a melhoria dos sintomas. O tratamento passa essencialmente por anti-histamínicos orais ou de aplicação intra-nasal, podendo haver necessidade de corticóide nasal em sintomas mais graves e persistentes. Quando as medidas terapêuticas farmacológicas já não são suficientes no controlo dos sintomas, as "vacinas contra as alergias" podem ser uma opção.

    Quando aplicável, o médico também o pode orientar no sentido de tentar descobrir qual(ais) os agentes a que é "alérgico", através de um teste de hipersensibilidade cutânea ou análise sanguínea, dependendo das situações. Assim descoberto(s) o(s) agente(s) específico(s) desencadente(s) da reação alérgica, medidas mais direcionadas, podem ser adotadas, sejam elas terapêuticas ou simplesmente de evicção.

    Por: Daniela Medeiros Coelho*

    *Médica Interna de Medicina Geral e Familiar

     

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