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    Arquivo: Edição de 14-10-2013

    SECÇÃO: Painel partidário


    LEITOS DA CDU REAFIRMAM COMPROMISSO DE LUTAR EM PROL DOS INTERESSES DAS POPULAÇÕES, BATENDO-SE POR UMA ALTERAÇÃO PROFUNDA DO PARADIGMA DE GESTÃO MUNICIPAL.

    CDU alcança resultado histórico em Valongo com mais votos e mandatos na Câmara, Assembleia Municipal e freguesias

    Reunida em 3 de Outubro, a Comissão Concelhia do PCP torna pública a seguinte avaliação dos resultados das eleições autárquicas:

    1) Apreciação dos resultados no concelho

    A CDU – Coligação Democrática Unitária obteve uma importante vitória eleitoral. Os principais objectivos que a CDU se propôs atingir não apenas foram alcançados, como foram mesmo largamente ultrapassados. A CDU foi a força política que mais subiu, tendo aumentado em 80% a sua percentagem para a Câmara Municipal e 63% para a Assembleia Municipal.

    16 anos depois, a CDU voltou a eleger um vereador. Reforçou a sua presença na Assembleia Municipal de um para três eleitos. Elegeu para a Assembleia de Freguesia de Valongo, órgão no qual não tinha participação há largos anos. Aumentou o número de mandatos na Assembleia de Freguesia de Ermesinde. Elegeu na União de Freguesia de Campo e Sobrado, alargando a sua abrangência ao território da freguesia de Sobrado. Na freguesia de Alfena, apesar de continuar sem representação, subiu a sua expressão relativa em 72% e ficou a apenas 10 votos de eleger.

    O aumento significativo dos votos e mandatos da CDU são manifestação do reconhecimento do seu trabalho, coerência e combatividade em torno de questões estruturais para o Município de Valongo e na luta mais geral por uma vida melhor para as populações.

    A perda pela coligação PSD/CDS da Câmara de Valongo representa a derrota do modelo de gestão dos últimos 20 anos, marcado pelas privatizações de serviços e equipamentos, negociatas ruinosas, endividamento, despesismo, clientelismo e subserviência em relação aos sucessivos governos. Com este resultado, a população de Valongo associou-se à generalidade dos portugueses na atribuição de um cartão vermelho ao governo PSD/CDS e à sua política de desastre nacional.

    As eleições autárquicas criaram um novo quadro nos órgãos municipais do concelho. A eleição de José Manuel Ribeiro para a presidência da Câmara confronta o PS com a responsabilidade de empreender uma verdadeira mudança de rumo. A interrupção do ciclo desastroso dos últimos mandatos dependerá da vontade e da capacidade que o PS vier a demonstrar nas opções políticas que assumir. A escolha de tal caminho implica que o PS proceda a uma profunda alteração da sua prática política.

    A preocupante situação em que a Câmara de Valongo se encontra não é da responsabilidade exclusiva do PSD e do CDS. Ao longo dos anos, incluindo no mandato que terminou, o PS também teve a sua cota parte de responsabilidade em gravosos processos de privatização, incluindo dos ex-SMAES/ Águas de Valongo e dos serviços de limpeza e recolha do lixo.

    Importa recordar ainda a viabilização pelo PS do designado Plano de Saneamento Financeiro, correspondente à contracção de um mega empréstimo na banca privada em condições altamente onerosas, ao qual estava associado um caderno de cortes ao nível das funções do Município. Por outro lado, quando liderou o governo central, o PS desenvolveu um ataque ao Poder Local Democrático que levou à inclusão de diversas malfeitorias contra as autarquias no vulgo Memorando de Entendimento subscrito com a troika estrangeira.

    Pese embora José Manuel Ribeiro e o PS procurem fazer um “reset” ao seu passado no concelho e no país, a verdade é que têm gravosas responsabilidades na situação actual da Câmara de Valongo.

    Com a adesão de Valongo ao programa do ex-Ministro Miguel Relvas designado de PAEL – Plano de Apoio à Economia Local, a Câmara Municipal foi enredada num pacote de mais cortes, mais endividamento, mais ataque aos trabalhadores municipais e mais privatizações, cuja concretização, a verificar-se, significará uma degradação maior da situação actual. Conforme a CDU tem vindo a defender, a saída passa pela ruptura com estes condicionalismos e pela valorização dos serviços municipais.

    2) Apreciação dos resultados no distrito do Porto e no país

    A expressiva votação alcançada – a CDU é a única força política que cresce em votos, percentagem, maiorias e mandatos - dá continuidade a uma sólida e sustentada progressão da Coligação Democrática Unitária na vida política nacional e testemunha a ampla corrente de apoio e confiança de um número crescente de portugueses.

    Assume particular significado: o aumento da votação obtida com a passagem de 10.6% para 12.1% nas Assembleias Municipais; a conquista de dez novos municípios (Alandroal, Alcácer do Sal, Beja, Cuba, Évora, Grândola, Loures, Monforte, Silves, Vila Viçosa) que, apesar da perda de quatro, se traduz no aumento de maiorias de 28 para 34 municípios; a confirmação como força maioritária na Área Metropolitana de Lisboa e o significativo avanço de posições conquistadas em minoria (nas vereações, nas Assembleias Municipais e de Freguesia), em particular no Norte e Centro do País.

    No distrito do Porto, acompanhando a tendência nacional, a CDU registou uma significativa subida, traduzida no reforço do número de votos e de mandatos, destacando-se a eleição de 5 vereadores (Valongo, Gondomar, Maia, Matosinhos e Porto). No mandato que agora termina, a CDU tinha apenas um vereador na cidade do Porto. Nas Assembleias Municipais, registo para a recuperação da representação na Trofa e para o crescimento de representação em Valongo, Gondomar, Maia, Matosinhos, Paredes e Santo Tirso, passando de 19 para 30 eleitos. Ao nível das freguesias, a CDU reforça significativamente os seus mandatos, salientando-se o reforço da maioria absoluta em Parada de Todeia (Paredes) e a vitória na União das Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova, Gondomar).

    Trata-se de um resultado que dá inequivocamente mais força e confiança à luta por uma política alternativa que inverta o rumo ruinoso imposto pela política de direita e abra perspectivas de uma política alternativa, patriótica e de esquerda.

    A expressiva derrota do PSD e CDS nestas eleições (traduzida na perda de quase 600 mil votos e de mais de 10 pontos percentuais) é indissociável de uma clara condenação dos trabalhadores e do povo português da sua política de ruína nacional e de empobrecimento dos portugueses, e do crescente isolamento político e social do Governo e dos partidos que o suportam.

    Por sua vez o resultado eleitoral do PS, com uma redução de votação face a 2009 (menos 263 mil votos, passando de 37.7 para 36.3%) – traduz um sinal de distanciamento de muitos eleitores face não apenas ao seu percurso governativo num passado recente, mas também, e sobretudo, quanto ao seu comprometimento com o Pacto de Agressão e os eixos essenciais da política do actual governo. Assume particular significado que os partidos da troika nacional (PS, PSD e CDS) tenham perdido mais de 800 000 votos, traduzindo uma clara condenação da política de direita que há anos prosseguem.

    Os resultados e, sobretudo, a corrente de apoio às propostas e intervenção da CDU são um sólido elemento de confiança para as batalhas políticas e eleitorais futuras a travar por uma vida melhor nos concelhos e freguesias, pela indispensável demissão do Governo, pela rejeição do Pacto de Agressão e pela derrota da política de direita.

    3) O compromisso da CDU para o mandato 2013 – 2017 no Município do Valongo

    Para a CDU o reforço do seu peso institucional com mais mandatos, nomeadamente na Câmara e na Assembleia Municipal, não é um fim em si mesmo. O reforço das posições da CDU é um meio para a defesa intransigente dos interesses das populações e dos trabalhadores e para a concretização do projecto de desenvolvimento que apresenta para o concelho de Valongo.

    A eleição de 1 Vereador entre os 9 membros do Executivo Municipal e de 3 membros da Assembleia Municipal entre os 31 eleitos do órgão, pese embora em larga minoria, atribui à CDU uma representação importante e incontornável, abrindo novas possibilidades de intervenção. Neste contexto, a CDU reafirma o seu compromisso de se empenhar na concretização do seu objectivo de ruptura com o caminho que tem vindo a ser seguido pelo PSD e pelo CDS, em questões essenciais com o beneplácito do PS.

    No novo ciclo que se inicia no concelho de Valongo, a CDU sublinha a sua disponibilidade para contribuir para a aprovação de propostas correspondentes aos interesses das populações, sejam elas apresentadas pelo PS ou por qualquer outra força política. Os eleitos da CDU serão um empenhado elemento de apoio a soluções para os problemas com que Valongo se defronta e, simultaneamente, uma combativa oposição a qualquer medida negativa para o concelho.

    A CDU recusa dar um “cheque em branco” ao PS, desafiando José Manuel Ribeiro a realizar ao longo do mandato as convergências necessárias em torno das muitas escolhas que se impõem para a resolução dos pequenos e grandes problemas existentes.

    Os eleitos da CDU na Câmara e na Assembleia Municipal de Valongo exercerão o seu mandato em ligação próxima com as populações e as forças sociais do concelho, dando voz às lutas e aos problemas das pessoas, afirmando propostas fundamentadas para as diversas questões que reclamam solução.

    Logo após a tomada de posse dos órgãos prevista para o dia 17 do mês corrente, no dia 20 de Outubro, pelas 11h, o Vereador Adriano Ribeiro e os membros da Assembleia Municipal César Ferreira, Sónia Sousa e Adelino Soares, realizarão a primeira iniciativa pública do mandato levando a cabo uma visita ao Bairro PER Padre António Vieira, na freguesia de Campo, no sentido de alertar para o desinvestimento continuado da Câmara de Valongo na habitação social. Esta será a primeira de muitas acções de contacto directo com as populações que os autarcas da CDU realização ao longo de todo o mandato.

    Valongo, 4 de Outubro de 2013

    A Comissão Concelhia de Valongo do PCP

     

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