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    Arquivo: Edição de 25-09-2012

    SECÇÃO: Opinião


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    Apelo às redes sociais

    Diz o Povo que onde há fumo há fogo. Interpelado na Assembleia da República no passado dia 21 do corrente, Passos Coelho “fugiu” à pergunta e não respondeu se o governo pensa, ou não, privatizar a Caixa Geral de Depósitos. O semanário Expresso, porém, melhor informado que o PM inteira os seus leitores que a hipótese de privatizar 40% da CGD é tema em análise, admitindo que o “bolo” será repartido em partes iguais por privados e público em geral.

    Na destemperada avidez que este PM revela em reduzir os portugueses à condição de miseráveis e o país a cinzas, não custa acreditar que um dia destes sejamos confrontados com um qualquer anúncio, enquadrado numa qualquer inventada “ordem” da Troika, que o banco do “Povo” iniciará a sua transferência para a esfera do capital: primeiro com o “analgésico” que a maioria do capital continuará a ser estatal, para num momento seguinte alienar a totalidade ou uma fração que assegure a privados o controlo da instituição, desta vez com o argumentário de que não estarão a privatizar a CGD, porque isso já tinha acontecido.

    A política de step by step, persistentemente praticada pelo atual governo, tem produzido os seus resultados para o seu condutor com os correspondentes desastres para o património do Estado e significativas quebras de receitas futuras para os OE, tudo conseguido sem que tenha havido qualquer sobressalto dos portugueses. Foi assim com as privatizações da EDP e REN e assim continuará com as privatizações da ANA e da TAP, se aparecer alguém que se mostre interessado nesta última.

    Por tudo isto apelamos às redes sociais para acordarem para o “esbulho” que rumores públicos levam a recear que o governo se prepara efetivamente concretizar, levando por diante a privatização da CGD, entregando as pequenas poupanças de milhões de portugueses à gula de interesses privados, vendendo um valioso, histórico e emblemático património nacional a preço da uva mijona, como infelizmente se verá.

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    Os excelentes resultados obtidos com a mobilização da sociedade civil contra a TSU (*), certamente que se repetirão se adotados para esta outra nobre causa: a defesa do património nacional das garras de terroristas económicos, assim alcunhados por Miguel Sousa Tavares na edição do Expresso de 22 de Setembro. Se esperarmos pelos resultados da ação partidária, quando mal nos desprecatarmos já era! As novas ferramentas comunicacionais poderão substituir com vantagem as velhas organizações partidárias que, inventadas para defender e gerir a coisa pública, transformaram-se em máquinas devoradoras dos recursos estatais em benefício de amigos, colegas e camaradas, protegidos por legislação por eles próprios aprovada, que os defendem de todos os abusos de poder ou de suspeitos negócios.

    (*) MODELAÇÃO DA TSU

    A estratégia de Passos Coelho de continuar a empobrecer os portugueses, desenvolvida de forma camuflada, acabou em insucesso graças a três circunstâncias: ter confrontado Portas com um facto consumado, obrigando-o a “assinar por baixo” uma proposta que sabia que ele não subscreveria, rejeição das entidades patronais do modelo, mobilização das redes sociais que surpreenderam o PM com manifestações da sociedade civil reunindo muitos milhares de pessoas em diversas cidades do país, a tudo acrescendo a manifestação às portas do Palácio de Belém enquanto decorria a reunião do Conselho de Estado.

    Ao que tudo indica, a TSU, tal como foi apresentada por Passos Coelho, terá morrido em Belém, restando uma janela de salvamento da face em reunião da Concertação Social, saltando para a comunicação social a hipótese de restar um subsídio para as empresas que venham a registar saldos líquidos de trabalhadores, medida que a confirmar-se, trará com ela dois perniciosos vírus: a mais que certa habilidade dos empresários em “enganarem” as autoridades com contratações em fim de ano para demonstrarem aumento do saldo físico no encerramento dos exercícios, com rescisões no mês seguinte; o outro veneno será a “quadratura do círculo” das empresas públicas que se debaterão com o dilema de lhes fazer um jeitão a redução da TSU mas que a não poderão obter sem aumentar os recursos humanos em tempos de precisarem de os reduzir.

    Face a isto, mandará o bom senso e os superiores interesses nacionais, que se abandone, pura e simplesmente, a anunciada alteração da TSU, se acabe com a subsidiação das empresas e se oriente as disponibilidades financeiras do Estado para apoiar as empresas exportadoras através de processo taxa de benefício/valor exportado, havendo o cuidado de não incluir no universo as empresas energética.

    Por: A. Alvaro de Sousa

     

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