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    Arquivo: Edição de 29-02-2012

    SECÇÃO: Gestão


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    Crescimento é a palavra chave

    Quando se fala em crescimento para a resolução dos problemas da crise que atravessamos, inevitavelmente teremos que falar das empresas. As empresas são o motor do crescimento económico, sendo necessárias as condições para que sobrevivam, criem o tal emprego de que tanto se fala, e promovam o referido crescimento.

    Entre as diversas condições necessárias à sua laboração encontram-se em primeira linha as vias de financiamento, para alavancar o investimento e consequentemente a produção; também as questões energéticas se colocam numa posição fundamental para que as empresas possam funcionar. Estamos a atravessar uma fase em que a ditadura das energias fósseis continuam a impor e condicionar as condições das regiões que delas necessitam. Finalmente temos as questões relacionadas com a concorrência internacional, de onde se destaca o país continental chinês e os novos países emergentes (Índia, Brasil e Rússia).

    Portugal encontra-se neste enclave sem grandes possibilidades de se libertar a curto prazo destes constrangimentos. Em primeiro lugar estamos definitivamente amarrados a uma zona euro que gere toda a política financeira e alimenta interesses instalados, veja-se o facto de o Banco Central Europeu emprestar aos bancos da zona euro a uma taxa de 1%, e estes emprestam às empresas (a alavanca do crescimento) a taxas 5 e 6 vezes maiores, muitas vezes com o aval do próprio Estado, como é o caso da linha PME Crescimento cuja taxa ronda os 5%. Quem ganha com isto?… Sempre os mesmos.

    Também em relação às questões energéticas verifica-se uma tentativa de esquiva para as renováveis, só que tanto num caso como no outro se mantém um monopólio das empresas do sistema, como as petrolíferas por um lado, e EDP, REN, e outras pseudoconcorrentes, que se mantêm na linha de aumento dos preços deste bem fundamental, incrementado pelo aumento da taxa do IVA, o que agrava ainda mais o custo da energia, tão fundamental para o tal crescimento económico. Quem ganha com isto?… Sempre os mesmos.

    Finalmente a concorrência dos países que praticam declaradamente o dumping social com condições de trabalho por vezes inumanas, de onde se destaca o trabalho infantil e os horários escravos, que provocam nas economias ocidentais e designadamente em Portugal, uma pressão imoral sobre as condições de trabalho; veja-se a redução de salários e apoios sociais aos nossos compatriotas mais necessitados (velhos, criança e doentes), agravando a situação de precaridade em que nos encontramos, com níveis de pobreza e desemprego crescentes, num ciclo degenerativo de austeridade. E quem perde com isto?… Sempre os mesmos.

    Têm que se ultrapassar os pontos estratégicos de ação para o desbloqueio de um povo que inclusivamente não preveem a sua regeneração, o que passará pela reflexão destas condições de crescimento em que as empresas estarão sempre numa posição central como forma de revitalizar e até promover o rejuvenescimento dos portugueses.

    Por: José Quintanilha

     

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