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    Arquivo: Edição de 30-10-2011

    SECÇÃO: Música


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    Fado

    Ao ler o número 883 de 15 de outubro do jornal "A Voz de Ermesinde", encontrei na página 11 um artigo "Recordando Amália Rodrigues – Rainha do Fado", de Manuel Augusto Dias, artigo esse que mencionava, a dada altura, ser a fadista uma personalidade que em muito ajudou ao engrandecimento e maior prestígio dessa «canção tradicional portuguesa que está prestes a tornar-se Património Imaterial da Humanidade».

    A este propósito, aconselho a ida ao sítio oficial na Internet http://www.candidaturadofado.com/ para poder ter mais informação sobre a Candidatura do Fado à Lista Representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade (UNESCO – União das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), tal como o sítio oficial da UNESCO em espanhol http://www.unesco.org/new/es/unesco/.

    Sobre este tema tive a oportunidade a ouvir uma discussão à volta dos Novos Caminhos do Fado, moderada por Rui Vieira Nery, musicólogo, autor de diversos estudos sobre História da Música Portuguesa, entre os quais sobre o Fado. Teve como convidados o Ruben de Carvalho, vereador na Câmara Municipal de Lisboa pelo Partido Comunista Português, Sara Pereira, diretora do Museu do Fado, e Carlos do Carmo, outro grande fadista português, a par de Amália Rodrigues.

    Esta mesa redonda realizou-se no dia 6 de outubro, incluída na programação do Festival Jovens Músicos, na Fundação Calouste Gulbenkian. Foi muitíssimo interessante a clareza como Carlos do Carmos mencionou a história do início da sua participação na defesa e apresentação desta candidatura do Fado. Muito esclarecedora, como evidencia que esta música é, em si, uma "estranha forma de vida", algo que é muito difícil de explicar só por palavras, sem música.

    Esta manifestação de arte deve, em meu entender, ser defendida por todos nós, como algo que nos represente, tal como aconteceu com o tango na Argentina; este país, juntamente com o Uruguai, ficou com a incumbência de adotar medidas que permitam proteger e promover o Tango. Tal como aconteceu com o Flamenco em Espanha, e que também seguiu os regulamentos da UNESCO, em que o reconhecimento de uma prática como património imaterial da Humanidade implica uma obrigação, por parte do país ou região candidata, em preservar a tradição.

    Haverá uma conferência de Rui Vieira Nery, às 19 horas, no Auditório do Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro, inserida no Festival de Outono desta mesma universidade, a realizar-se no próximo dia 4 de novembro. Recomendo assistir, tal como aos concertos, a esta conferência, sendo estes eventos quase todos gratuitos – como se pode consultar no sítio http://www.ua.pt/fjjm/pagetext.aspx?id=14261

    Aí se irá falar de "Fado, Tango e Músicas Urbanas", pelo autor de "Para uma História do Fado".

    No dia 28 de outubro saiu uma notícia no “Diário de Notícias”, em como «o Comité Intergovernamental da Convenção da UNESCO fez já um parecer positivo à candidatura do fado, tendo esta sido mesmo distinguida como exemplo de boas práticas, a ser seguido por outros Estados membros que queiram apresentar uma candidatura ao mesmo programa».

    Esperemos que no final do próximo mês tenhamos outra boa notícia, já que a deliberação oficial da UNESCO sobre o fado será conhecida a 27 de novembro. i

    Por: Filipe Cerqueira

     

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