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    Arquivo: Edição de 15-06-2011

    SECÇÃO: Gestão


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    A poupança dos Portugueses

    Segundo as teorias económicas o rendimento tem duas aplicações fundamentais: o consumo e a poupança. Quer dizer que daquilo que ganhámos há duas alternativas, ou se gasta nos mais diversos bens, ou se não gasta, constituindo assim poupanças que grande parte das vezes são confiadas aos bancos.

    Outra equação fundamental das teorias económicas é que a produção deverá ser igual ao rendimento, portanto o rendimento aplicado em consumo e poupança deverá corresponder à produção nacional. Se se der o caso de a produção ser inferior ao rendimento, estamos perante deficits de produtividade e de endividamento, isto porque gastamos mais do que o que produzimos.

    Estes equilíbrios, representados por estas equações fundamentais, deverão ser sempre controlados, caso contrário entraremos em rotinas de falta de produtividade, por um lado, e endividamento por outro. É o que está a acontecer em Portugal há mais de uma década: gastamos mais do que o que produzimos, e o que produzimos tem pouco valor.

    Valores como a investigação científica, a inovação e a formação profissional desencadeiam ciclos virtuosos de crescimento e produtividade, que têm consequências muito favoráveis numa economia aberta como a nossa, dadas as vantagens comparativas. Todas estas valias transformam a marca Portugal num nome prestigiado e reconhecido, aportando assim maior riqueza para a nossa economia.

    Pelo contrário, se a produtividade se degrada, associada a níveis de consumo para além das possibilidades, financiados quantas vezes por créditos ao consumo, ou investimentos megalómanos muito superiores às poupanças efetuadas, naturalmente que o resultado é de deficits sejam eles públicos ou privados.

    Segundo a teoria económica marxista, a génese do valor dos bens funda-se na quantidade de trabalho que incorpora. Ora, o que vivemos neste momento em Portugal é que o trabalho debitado tem cada vez um peso menor na Economia, com níveis de desemprego crescentes, com uma demografia muito desequilibrada, isto quer dizer que uma população ativa tem que financiar uma faixa demográfica alargada, onde se revêem os jovens e os reformados. Para além disso, existem corporações cujas produtividades também deixam muito a desejar, mantendo-se numa situação parasitária agarrada, quantas vezes a direitos adquiridos e a reformas vitalícias.

    Perante este cenário, o importante passa por moralizar a sociedade, de onde a responsabilidade de cada um possa levar a uma maior consciencialização da verdadeira situação económica e social que atravessamos e que iremos enfrentar num futuro muito próximo. A poupança é um contributo fundamental para que se estimule o investimento e desta forma se criem as fundações de um novo ciclo, naturalmente num cenário em que os diversos ministérios deverão convergir, nomeadamente o da Justiça, que tem sido um elemento polémico na falta de consenso nacional.

    Por: José Quintanilha

     

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