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Edição de 31-03-2024
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    Arquivo: Edição de 15-03-2011

    SECÇÃO: Gestão


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    Uma geração à rasca

    Esta última semana foi fértil em acontecimentos, uns com efeitos devastadores, outros carregados de uma simbologia devastadora. Começando pelo que aos portugueses diz especialmente respeito, a concentração de 12 de Março deveria ficar na história como um movimento de descontentamento e de sofrimento colectivo a que ninguém deverá ficar alheio.

    Como o próprio nome indica, há uma grande parte da população portuguesa que se encontra em tensão extrema de fazer render os parcos euros que lhes entram em casa. Há depois uma outra implicação de prazo mais alargado, que é a dependência vivida por uma juventude amadurecida que vem adiando os seus projectos de vida num tempo que pode ser fatal: é a Família que está em causa, e o próprio equilíbrio demográfico que acentua o envelhecimento da nossa população.

    De imediato não se vislumbra qualquer efeito, mas se analisarmos bem é um potencial de energia humana, seguramente determinante para a sustentabilidade nacional e patriótica que estamos a dispensar. É portanto um movimento de onde se realça a urbanidade e o civismo, como fez passar a sua mensagem e que não se revê no actual sistema dando a entender que não sabem para onde ir, mas seguramente sabem para onde não querem ir.

    Tudo isto acontece enquanto o nosso Zezinho se prepara para integrar a foto de família, um tanto atrasado, dando a ideia que vai perder o comboio!… Mas não! O amigo Sarkozy deu-lhe uma mãozinha e coloca-o ao lado da Dona Europa, que lhe foi dando mais uns recadinhos, enquanto Ele, envergonhado, se repunha a recuperar a pose. Será este o caminho que aqueles que estão à rasca pretendem percorrer?

    Há mais de uma década atrás, a Argentina passava momentos de grande sofrimento e pobreza colectiva; recordo-me que na altura era a esperança do Mundial de Futebol, protagonizada pelo polémico Maradona que atenuava o sofrimento em que viviam os argentinos. Recordo-me também que os acordos cambiais anti-inflacionistas que existiam com a EUA foram rompidos, abandonando assim a paridade administrativa da moeda argentina com o imperial dólar americano, recomeçando desta forma um caminho colectivo de recuperação através das sua politicas nacionais.

    Este e outros exemplos fazem-nos reflectir sobre qual a direcção que devemos tomar, de forma a evitar males maiores e consequências desmedidas. Este cuidado leva-nos a tomar consciência do tsunami aconteceu no Japão, cujos efeitos ainda não estão quantificados, e nos fazem pensar da verdadeira razão da nossa existência, tão frágil e fugaz, lembrando as palavras do poeta:

    «Quero eu e a Natureza

    que a Natureza sou eu

    e as forças da Natureza

    nunca ninguém as venceu».

    Por: José Quintanilha

     

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