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Edição de 31-03-2024
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    Arquivo: Edição de 10-12-2010

    SECÇÃO: Nutrição


    Dióspiro: o fruto outonal

    O dióspiro é o fruto do diospireiro (Diospyros kaki, L.f.), uma árvore da família Ebenaceae.

    O nome Diospyros tem origem no grego dióspuron que significa alimento de Zeus. Fruto centenário originário da China, foi expandido mais tarde para a Coreia e para o Japão. A variedade chinesa chegou ao Japão no século VIII, onde se converteu num alimento muito apreciado. Daí expandiu-se ao resto do mundo, chegando aos Estados Unidos em 1870.

    Os dióspiros são amplamente cultivados em climas moderados, existindo cerca de 800 variedades, mas podem ser divididos em duas grandes categorias: os adstringentes (só podem comer-se totalmente maduros, doutra forma os taninos presentes no fruto fazem com que “trave na boca”) e os não- adstringentes (estes podem ser comidos tal como maçãs).

    A variedade de dióspiros mais conhecida em Portugal é a de casca lisa, fina, cor-de-laranja forte ou amarelo-torrado e de polpa muito mole e viscosa que surge na época inicial de Outono.

    Um dióspiro possui o tamanho aproximado de uma maçã, sendo parecido com o tomate. É constituído principalmente por água, tal como a maioria das frutas. É rico em hidratos de carbono, sobretudo frutose, o que determina o seu valor energético moderado e o sabor doce.

    Tem aproximadamente 58 calorias por 100 g e quantidades moderadas de fibra solúvel (denominada pectina), de carotenos (pro-vitamina A que é um dos principais antioxidantes utilizados contra o envelhecimento), potássio, vitaminas B1, B2 e E além de cálcio, ferro e proteínas. É considerado alcalinizante e antioxidante. A pectina e a mucilagem que possui conferem-lhe propriedades suavizantes e protectoras da mucosa intestinal.

    RAZÕES

    PARA O CONSUMO

    DE DIÓSPIRO

    1. Possui pectina, uma fibra solúvel encontrada nas frutas. Melhora o trânsito intestinal, controla a glicemia e os níveis de colesterol no sangue.

    2. Possui potássio, que é importante para o controlo da tensão arterial. É desaconselhado em casos de insuficiência renal, visto que nesta condição o consumo de potássio é restrito.

    3. Devido ao seu conteúdo em água e potássio, tem um leve efeito diurético, pelo que poderá ser benéfico no caso de gota e hipertensão arterial ou em caso de perdas excessivas de potássio (como durante a utilização de diuréticos).

    4. Rico em carotenos, agente antioxidante e anti-cancerígeno.

    Aquando da sua compra, é aconselhável que os frutos tragam pedúnculo e cálice, bem como a casca sem manchas nem fissuras pois é frequente a polpa ser atacada por pequenas larvas brancas camufladas nos pequenos e frágeis veios esbranquiçados.

    O dióspiro não deve ser lavado na hora de consumi-lo, caso contrário ele azeda facilmente. Enquanto a fruta não estiver totalmente madura, deverá ficar em local fresco e arejado para completar a maturação. Poderá envolver em papel de jornal para facilitar o processo. Se estiver maduro deverá conservar no frigorífico por quatro a cinco dias.

    Bom apetite!

    Por: Joana Gonçalves/Sara Teixeira (*)

    (*) Nutricionistas

     

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