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    Arquivo: Edição de 30-09-2010

    SECÇÃO: Gestão


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    Gestão e Economia

    Por vezes esqueço-me que a temática em que se inserem estes artigos de opinião é a de Gestão. A Gestão, numa perspectiva empresarial, não se afasta muito da perspectiva económica, ou até da própria economia familiar.

    Em Portugal, estamos neste momento, confrontados com um grave problema de endividamento face ao exterior e de um deficit orçamental descontrolado. E eu pergunto. Estes problemas não serão questões de Gestão?… mais concretamente: de má gestão?…

    Nas nossas economias familiares também temos, por vezes, problemas deste tipo. E nas Empresas, principalmente naquelas que se encontram em graves dificuldades financeiras, os deficits são os mais comuns.

    Normalmente estes defeitos têm dois tipos de razões: ou se trata de asfixias de tesouraria que derivam de financiamentos desestruturados; ou então trata-se de defeitos estruturais, que inviabilizam economicamente as empresas, onde os custos são persistentemente superiores aos proveitos. Nestes últimos casos, o que normalmente aconselho é tratar do encerramento da empresa, por forma a não acumular mais prejuízos; ou à custa de reservas próprias, ou da confiança dos respectivos credores que também acabam por vir afectados numa lógica do efeito dominó. Ora este tipo de conselho não pode ser dado aos governantes e altos gestores de Portugal: cessar a actividade!… uma vez que é a razão que sustenta o deficit português é, de facto, estrutural. E o problema é que estamos a comprometer as nossas reservas… de ouro, por exemplo… e também estamos a comprometer a confiança dos nossos credores (veja-se o rating do nosso país e as taxas de juro praticadas para a nossa divida externa). O aumento das taxas de juro decorre do maior prémio de risco que os credores estão dispostos a correr … é um risco caro… e comprometedor.

    Mas os nossos altos gestores argumentam: O que o nosso País precisa é de, apenas, um saneamento financeiro… e o ambiente económico será mais favorável… tudo vai acabar em bem… Este é o discurso, há já cerca de dez anos.

    E depois justifica-se: o deficit externo tem que ver com a forte dependência energética, designadamente das importações de petróleo.

    Vamos a ver, quem aproveita os lucros monopolísticos e cartelizados do negócio dos combustíveis são as petrolíferas, que não são mais do que as responsáveis por aqueles deficits, isto a par das outras empresas do sistema, que pagam autênticos totolotos em remunerações aos seus gestores, à custa daqueles que pagam os seus impostos, as suas portagens, os preços de combustíveis mais altos da Europa, … etc..

    Enfim, quem vai aguentando é o “Demo” que cada vez tem menos “Kratos”.

    Por: José Quintanilha

     

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