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Edição de 31-03-2024
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    Arquivo: Edição de 15-09-2010

    SECÇÃO: Gestão


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    Férias – tempo de descanso e reflexão

    O mês de Agosto é normalmente um mês parado. A vida quotidiana continua mas a um ritmo menos stressante. O descanso e a mudança de ares, propiciam a divagação e novas ideias. É nesta altura que se tomam algumas decisões a terem lugar em Setembro, ou seja no início do novo ciclo.

    A conjuntura económica é o pano de fundo destas iniciativas que têm carácter empresarial ou pessoal. Acontece porém, que o cenário não é, de facto o mais favorável. Esta retoma do novo ciclo compreende também a nossa classe política, que vemos distante, na televisão, com novos bronzeados e com uma imagem renovada e uma energia vigorosa para encetarem novas medidas e estratégias na rentrée do novo ano político.

    Esse optimismo que tendem a transmitir contrasta com o fiasco da nossa realidade, que estatisticamente nos coloca no 2º pior lugar da UE, a seguir à Grécia, que tem passado graves momentos de instabilidade social… e se isso não bastasse, ainda temos os incêndios que agravam a já débil situação em que nos encontramos e cuja origem importa investigar, as razões e os interesses ocultos que se encontram por detrás.

    Perante tanta desgraça, vemo-nos impotentes para acudir à economia que continua a resvalar sem ninguém que lhe deite a mão… e diz-se que vivemos em democracia e a grande arma que temos é o VOTO!… E votar em quem ?! Que alternativas? Que credibilidade tem a nossa classe política? São estes que têm empurrado o país para o abismo apelando ao voto em tempo de eleições… e depois aos impostos… e o País cada vez pior.

    Por outro lado, as grandes empresas do sistema também ditas de produção de bens não transaccionáveis – que se encontram sob alçada do poder político e dão lucros obscenos e monopolísticos – muitas das vezes iludem a sã e virtuosa concorrência com a organização de cartéis onde juntos combinam os preços e defendem os seus lucros, isto sem que a Autoridade para a Concorrência tenha qualquer hipótese de denunciar.

    Vivemos portanto um País dito democrático, mas com desequilíbrios sociais e económicos e até regionais brutais, que as alternativas partidárias não resolvem. Trata-se de uma crise de regime e de uma incapacidade da sociedade de gerar uma massa crítica capaz de clarificar a situação em que nos encontramos e de apontar novos rumos, libertos de preconceitos e de chavões que sempre condicionam a opinião pública.

    Eram necessárias novas ideias para a Justiça e até para a moral social, fortemente ligada ao consumismo e a valores muito superficiais, e também uma equidade nas relações laborais e uma maior independência do poder politico em relação aos interesses que proliferam por esse país fora!…

    Parece-me que estamos num País entupido e esperemos que deste tempo de férias surjam novas ideias e Ideais Novos que libertem Portugal e os Portugueses deste impasse.

    Por: José Quintanilha

     

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