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Edição de 31-03-2024
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    Arquivo: Edição de 28-02-2010

    SECÇÃO: Educação


    O DESAFIO DA VIDA (EDUCAÇÃO & SAÚDE)

    Psicologia na Intervenção Precoce

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    FOTO microimages - Fotolia.com
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    A infância é um período de grandes alterações no qual o desenvolvimento se processa a uma grande velocidade. A criança todos os meses faz novas aquisições e passa por novas etapas de crescimento, principalmente nos primeiros 3 anos.

    Por vezes a criança não tem um crescimento padrão, manifestando dificuldades numa ou mais áreas de desenvolvimento. O papel da psicologia na intervenção precoce é proporcionar processos evolutivos e padrões de desenvolvimento adequados à idade da criança, de forma a atingir competências mais maduras e adaptativas.

    A intervenção precoce da psicologia é realizada com base na avaliação. Nesta identificam-se os problemas infantis e procura-se compreender a criança quanto aos seus sistemas sociais, nomeadamente a sua família, e quanto à sua individualidade. Esta avaliação é realizada a partir da observação da criança no seu contexto natural e através da recolha de informação com os pais, sobre o seu desenvolvimento aos vários níveis: motor, cognitivo, psicossocial e da linguagem. Estes aspectos do desenvolvimento vão permitir uma maior compreensão das dificuldades que possam existir.

    Algumas das principais patologias na infância são as perturbações de aprendizagem, de desenvolvimento (como o autismo), de comportamento (como a hiperactividade) e os transtornos de ansiedade. Por vezes, as crianças são demasiado novas para se elaborar um diagnóstico, contudo, mesmo quando não está clara uma patologia diagnosticável em idades posteriores, é possível uma intervenção que permita ultrapassar dificuldades, promovendo uma melhor integração no seu quotidiano. Os problemas das crianças durante os primeiros períodos de desenvolvimento podem afectar de forma negativa a sua vida familiar e social.

    A intervenção nas crianças é realizada de forma lúdica (terapia com recurso a brincadeiras e jogos) e é focada em diferentes aspectos dependendo da patologia identificada, podendo ser, por exemplo, promoção cognitiva (trabalhar na memória, aprendizagem e atenção) ou estimulação de competências sociais (comunicação, cooperação, responsabilidade). O uso do jogo simbólico com recurso a bonecos (como miniaturas de família ou animais) e fantoches, permite representar situações do dia-a-dia, assim como relatar histórias, promovendo desta forma comportamentos desejáveis que ainda não se conseguem alcançar através de técnicas de reestruturação cognitiva e resolução de problemas, devido à idade precoce da criança.

    Assim, uma das intervenções da psicologia nas crianças é a terapia comportamental. Nesta abordagem as intervenções são planeadas com o objectivo de alterar os padrões comportamentais. Este é um trabalho realizado com os pais, usando a informação fornecida acerca do comportamento da criança na creche ou em casa. Deve-se recompensar, de forma clara, as melhorias relacionadas com a alteração do comportamento problemático (redução da frequência ou da gravidade). Por exemplo, o adulto pode dar um elogio à criança se ela tiver o comportamento desejado, pretendendo-se desta forma chegar a uma modificação comportamental. Este objectivo é trabalhado em diferentes problemas clínicos nas crianças, tais como os transtornos de ansiedade (fobias, transtornos obsessivo-compulsivos), problemas comportamentais pré-escolares e outros problemas (como perturbações do sono e enurese).

    A intervenção precoce é um trabalho que envolve a participação dos pais da criança e de todos aqueles que são significativos na sua vida e que interagem com a mesma (como educadores, outros familiares ou pessoas próximas), pois são eles que estão diariamente com a criança e que, recebendo algumas orientações, dão continuidade ao trabalho terapêutico realizado. É ainda essencial que o trabalho seja realizado em conjunto com os profissionais de diferentes áreas. Na próxima edição, apresentaremos o papel da terapia da fala na intervenção precoce.

    JOANA PINTO (*)

    (*) Psicóloga

     

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