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    Arquivo: Edição de 20-12-2009

    SECÇÃO: Gestão


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    Corpos e corporações (II)

    Existem portanto, nestes sistemas corporativistas virtualidades e fragilidades que lhes conferem forças e defesas dos seus interesses.

    Dado o seu carácter autocrata, também se relevam como a antítese do sistema democrático comummente aceite.

    Chegados a este ponto, poderemos dar conta da realidade em que vivemos, onde proliferam as corporações na relação duma sociedade que se pretende de cidadãos, donde emana o poder.

    Assim, olhando à nossa volta, vemos corpos de interesses ligados à saúde, por exemplo, que se têm revelado desajustados face ao equilíbrio desejável de um corpo útil e saudável. Ao contrário verificamos que estes se têm mostrado gordos e inoperantes em algumas das suas valências; e face à sociedade tem-se revelado como uma classe de privilégio em todas as partes que o compõe: Hospitais, médicos, enfermeiros, farmácias e indústria farmacêutica em geral.

    Outro corpo que se tem revelado também como um grupo de interesses ameaçados, é o da Justiça, onde os seus principais actores se mostram como intocáveis, acima de qualquer outro. Também aqui, o desequilíbrio financeiro é evidente, onde vale mais o que entra no processo, do que o que o corpo entrega ao seu exterior, enfim, à sociedade.

    Poderemos também falar no corpo da Educação, com as acções eminentemente corporativas encabeçadas pelos sindicatos, visível na comunicação social.

    Poderíamos ir por aí adiante, e falarmos nos interesses dos corpos da Defesa e nas forças militares, em que estas têm o princípio de corpo como base da sua actuação… ou então poderíamos falar na classe política, que também se fecha em si própria, agarrada a privilégios, que por vezes extravasam os limites e entram em processos de corrupção… ou ainda, a comunicação social, também uma força importante pelo poder de influência que impõe a toda uma sociedade.

    Perante este cenário importa recolocar a verdade do nosso sistema. Em primeiro lugar, questionar se os lobbies serão ou não um novo conceito de corporações? E depois, questionar se voltamos a um novo sistema económico e politico do corporativismo, à revelia dos mais elevados princípios da Democracia?

    Por: José Quintanilha

     

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