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    Arquivo: Edição de 30-09-2009

    SECÇÃO: Psicologia


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    A IMPORTÂNCIA DA SAÚDE MENTAL

    Depressão infantil

    Este é um espaço de reflexão e diálogo sobre temas do domínio da Psicologia, que procurarei dinamizar com regularidade, trazendo para aqui os principais problemas do foro psicológico que afectam pessoas de todas as idades.

    Na qualidade de psicóloga estou disponível para os leitores de “A Voz de Ermesinde” me poderem colocar as questões que desejarem ver esclarecidas, através de carta para a redacção deste quinzenário ou para o seguinte “e-mail”: [email protected]

    Pode parecer estranho imaginar que um bebé possa sofrer de depressão, porém, isso acontece e na maioria dos casos passa desapercebida aos adultos que o cercam.

    Muitas vezes acontece encontrarmos um bebé que chora muito, ou o oposto, um bebé apático, que não responde aos estímulos do meio. Esses casos tornam-se um desafio para os pediatras resolverem. Descartadas todas as hipóteses de males físicos, só resta ao profissional o auxílio de um colega especializado em Psicologia. Quando o terapeuta inicia o seu trabalho, começam a surgir todos os entraves existentes dentro daquele contexto familiar, como, por exemplo, uma mãe depressiva, que não consegue estabelecer o desejado vínculo afectivo com o filho, e este acaba por sofrer as consequências desse período conturbado da relação mãe-filho.

    A Organização Mundial de Saúde (OMS) realizou um estudo onde demonstra que 20% das crianças e adolescentes apresentam sintomas da doença, como irritabilidade ou apatia e desânimo. Se não houver intervenção médica, essas crianças são fortes candidatos a tornarem-se adultos depressivos para o resto da vida.

    A observação da interacção mãe-filho tem demonstrado que quando a criança não tem oportunidade de estabelecer contactos físicos íntimos e agradáveis, apresenta reacções negativas tais como a recusa em sugar, a perda de apetite, a regressão marcada por uma quietude depressiva, a falta de interesse por tudo ao seu redor, sono pesado, respiração irregular, rigidez muscular e problemas gastrointestinais, tais como vómitos e diarreias.

    Em crianças maiores, estas podem manifestar tristeza, falta de prazer com as actividades e até sintomas físicos, como dor de cabeça ou de barriga. Algumas são vistas como desajeitadas, pela propensão a acidentes. A forma extrema de tais reacções é um estado de letargia no qual os reflexos corporais se deterioram e a criança não demonstra interesse pelos estímulos ambientais.

    A mãe torna-se uma fonte insubstituível de várias recompensas para a criança.

    As carícias, o aconchego do colo, o toque são experiências muito importantes para o recém-nascido, pois garantem-lhe prazer e contribuem para que se estabeleça um vínculo saudável com a mãe e, consequentemente, com o meio.

    Nem todos os bebés que sofrem de restrições com a pessoa cuidadora, seja por desinteresse desta ou longos períodos de internamento hospitalar, estão fadados a tornarem-se depressivos.

    O vínculo pode ser reconstruído, se forem tomadas medidas rápidas.

    Por outro lado, também existem os pequenos resistentes, aqueles bebés que conseguem tirar das experiências tristes a força para vencerem obstáculos.

    São vários os recursos aos quais os familiares podem recorrer para ajudar a restabelecer a saúde psíquica dos menores. São eles:

    A Terapia familiar ou terapia mãe-bebé: realizada por profissionais especializados em atendimento clínico familiar;

    A Ludoterapia: é uma modalidade da Psicologia que visa o atendimento terapêutico da criança, através de actividades com brinquedos, desenhos, pinturas, modelagens e jogos;

    As massagens: a mais indicada é a Shantalla, trata-se de uma massagem indiana, na qual foram constatados os benefícios terapêuticos que o toque proporciona à criança. Esse método é facilmente encontrado em livros, que mostram o passo a passo da técnica, geralmente são utilizando óleos vegetais

    Os Antidepressivos: nos casos de depressão já consolidada, é imprescindível o acompanhamento médico psiquiátrico, como auxiliar ao tratamento terapêutico psicológico.

    O importante é que os pais estejam atentos aos comportamentos das crianças, dessa forma podemos evitar maiores problemas, e proporcionar uma vida saudável aos menores.

    Por: Joana Dias

     

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