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    Arquivo: Edição de 15-06-2008

    SECÇÃO: Editorial


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    Falta o petróleo, e o pão?

    Agora é o petróleo, amanhã será o pão.

    Há muito que se fala dos problemas ambientais, da necessidade de desenvolver energias alternativas, de sermos menos consumistas, de não maltratarmos o planeta, mas fomos adiando, adiando, dava para nós, privilegiados em relação a um grande número de humanos, sem um mínimo de condições de vida.

    Que vai acontecer de futuro?

    O que sempre aconteceu – vingará o mais forte.

    Mas será mesmo assim?...

    Enquanto éramos poucos, os que vivíamos bem, podíamos poluir à vontade. Acreditar cegamente na capacidade humana para superar tudo dá muito jeito, alguém havia de resolver o problema.

    Na verdade sempre se tratou muito mal do ambiente, o que eram as cidades pós-revolução industrial?

    Mas que significado tinham umas dezenas de zonas industriais na dimensão do nosso planeta?

    Como se faziam as extracções dos minérios, para onde corriam as águas altamente poluídas das lavagens e tratamentos industriais, por onde andavam os detritos domésticos, que ar respirávamos?

    A diferença está realmente na escala, e a solução passa por consumir menos, não chega pensar como até agora que se resolve tudo com energias alternativas, essas são necessárias mas não suficientes.

    Um país como o nosso pode e deve apostar nas energias renováveis, aquelas que teoricamente não se esgotam, tais como a energia solar, eólica, das marés, das ondas, geotérmica, biogás e biomassa, embora os custos de instalação ainda sejam muito elevados.

    Mas o problema está no consumo e esse vai aumentar, a população a nível mundial tem direito a ter um nível de vida com maior equidade. Quando povos como os da China, da Índia tiverem acesso a todos os produtos que os povos ditos civilizados têm, como vai ser?

    Reduzir ao consumo é a palavra de ordem desta nova revolução que se aproxima.

    Combater os desperdícios, reutilizar e reciclar, construir com critérios, crescer com preocupações de sustentabilidade.

    Não chega usar um discurso politicamente correcto, é preciso actuar com bom senso.

    Lembrar os pequenos gastos é importante mas é preciso ter muito cuidado com os grandes gastos e os grandes desperdícios.

    Também a água doce não é inesgotável, e da água depende a vida de todo o planeta, estou bastante mais preocupada com a água do que com o negócio do petróleo, embora acredite que a água vai ser o grande negócio do futuro.

    Há cinco anos atrás alguém conversando com uma mulher, que vivia muito isolada na Serra da Freita, perguntou-lhe:

    Não se sente só, não gostava de ir viver para a cidade?

    Ela respondeu:

    Eu para a cidade, onde até a água se vende?

    Por: Fernanda Lage

     

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