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Edição de 29-02-2024
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    Arquivo: Edição de 15-04-2008

    SECÇÃO: Editorial


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    Cinquenta anos,oitocentos números!

    Nesta Primavera, em vésperas de Abril, “A Voz de Ermesinde” atingiu o bonito número 800 – centenas de bicicletas a caminho do infinito…

    Porque é Abril, e no nosso jornal ainda cheira a alecrim, procurei encontrar outros cheiros de Abril nos números publicados desde 1974 até aos nossos dias.

    Desse revisitar o passado, consultando apenas um número de cada ano foi o suficiente para perceber a relação do jornal com esta terra, a importância relativa que os diferentes assuntos assumem em função do tempo, dos interesses individuais ou colectivos da população ou de nichos bem definidos da nossa sociedade.

    O poder, as modas, os hábitos, os valores…

    A falta de liberdade, o compromisso com um poder que se desconhecia, leva a que “A Voz de Ermesinde” só tardiamente se tenha apercebido da importância social do 25 de Abril.

    Os cheiros a Liberdade, a Fraternidade, a Primavera, a Juventude, quase não se sentem.

    Durante os anos 70 e 80, o 25 de Abril é por vezes referido como relato histórico de um acontecimento, relato normalmente frio e seco, por vezes de circunstância, ou então a notícia das comemorações oficiais organizadas pela Câmara Municipal ou Junta de Freguesia.

    Nos anos 90 o jornal cresce em tamanho e conteúdos, porém Abril raramente tem honras de primeiras páginas. O Jornal empenhava-se fundamentalmente em torno das obras da terra, na denúncia da precariedade de outras, na reivindicação de Ermesinde a Concelho. Habituamo-nos nesta mesma altura a encontrar neste jornal textos relacionados com o Património Cultural da nossa terra.

    As notícias sobre desporto, nomeadamente sobre o Ermesinde SC encontram-se também sempre em destaque.

    Os acontecimentos culturais são raros, a política social é centralizada em torno de objectivos muito concretos. Tudo se desenvolve em torno de uma forma de estar na vida onde não há lugar ao sonho, à reflexão da vida para além dum padrão social e político apertado, cujos objectivos são muito curtos, tão efémeros que, lidos à distância, perderam todo o sentido. A liberdade de opinar confunde-se muitas vezes com o direito de expor ideias, princípios, de reflectir sobre valores.

    O crescimento populacional de Ermesinde torna a nossa terra mais urbana e isso vai reflectir-se no Jornal.

    Entramos no novo século com maiores preocupações sociais e culturais, tendência essa que tem vindo a afirmar-se nos últimos anos.

    Melhorou-se a imagem, os conteúdos assentam sobretudo em valores sociais, educacionais, culturais, na defesa dos Direitos do Homem, na pluralidade e independência de opinião.

    O jornal cheira a lavado, é sensível aos cheiros, aos aromas e às cores…

    O leque de leitores aumentou, é mais diversificado, o que não significa que tenha aumentado o número de leitores da sua versão impressa.

    Vivemos numa nova época, culturalmente e socialmente diferente, os Ermesindenses têm outros interesses, mais alargados e diversificados, o jornal tem que acompanhar os tempos, e isso é muito visível, mesmo que seja feito apenas numa simples olhadela.

    Por: Fernanda Lage

     

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