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    Arquivo: Edição de 31-03-2008

    SECÇÃO: Editorial


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    Dia da Árvore

    Nesta época de correrias – eu, que não simpatizava muito com esta ideia dos dias comemorativos disto e daquilo – começo a aceitar como positivo o lembrar anual de determinados dias especiais, como por exemplo o Dia da Árvore, que por sinal também é o Dia da Poesia que, por sua vez, coincide com o início da Primavera.

    A força da Primavera, o sentido de renovação, reprodução, sempre me impressionou de uma forma muito especial.

    Talvez por isso eu tenha uma relação muito forte com as árvores, com a floresta e com o mundo vegetal, de uma forma geral.

    Acredito na renovação constante, dia a dia, aprendi a tirar partido de tudo, até dos erros.

    Quem não aprende com os erros não cresce, porque não acredito que existam pessoas perfeitas. Mas a Natureza também me ensinou a lutar, a procurar sempre mesmo quando o mundo que nos cerca nos quer asfixiar. Fico sempre impressionada com a luta das árvores à procura da luz…

    Quando equacionamos a qualidade de vida do planeta Terra e percebemos a importância da floresta nesse contexto eu tenho que estar com todas as manifestações que lembrem a importância das árvores, nem que seja uma vez por ano…

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    Sendo a árvore um dos temas mais simbólicos, mais ricos e mais generalizados de todos os tempos e civilizações, pareceu-me curioso aproveitar este período para lembrar que às vezes é preciso parar para reflectir, analisar, e ver qual o contributo que cada um de nós poderá dar para que as gerações futuras ainda tenham condições ambientais para viver.

    Mas as árvores também nos dão lições de vida: a sua verticalidade, as suas simbologias – de transformação e evolução, do sagrado, da família, de cidades, de reis, de países, da fecundidade, do espírito, da segurança, enfim, da vida…

    Talvez por isso eu goste de oferecer árvores quando nascem filhos dos meus amigos.

    A dupla festividade do Dia da Árvore com o Dia da Poesia completa-se de uma forma extremamente harmoniosa. Na verdade, ao longo dos tempos, as árvores e as floresta sempre foram motivo de inspiração e mistério, desde muito novinhos nos habituámos a olhar para a floresta com encanto, receio e mistério.

    A floresta representa o desconhecido, a dificuldade de ver ao longe. Os ruídos estranhos e indefinidos tornaram-na local de culto para algumas civilizações. Local de reunião de druidas, de oráculos, de lendas, de forças ocultas, mitos, crenças, fábulas. Território de trolls, faunos, gnomos, elfos.

    Mas a árvore também assumiu o símbolo da liberdade, “as árvores da liberdade” tão entusiasticamente divulgadas pelos republicanos.

    A “Festa da Árvore” teve uma duração curta em Portugal, de 1907 a 1917, e só foi retomada em 1970, no âmbito do Ano Europeu da Conservação da Natureza.

    O Dia da Árvore ou Dia Mundial da Floresta, como passou a ser designado a partir de 1974, tem como objectivo sensibilizar a população para os problemas de conservação da natureza e para as florestas, geradoras de múltiplos bens e serviços.

    Por: Fernanda Lage

     

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