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    Arquivo: Edição de 30-10-2007

    SECÇÃO: Gestão


    Valongo e a qualidade

    O dia 17 de Outubro de 2007 foi um dia grande para o município de Valongo, pelo valor simbólico que reveste a cerimónia de entrega do Certificado de Conformidade do sistema de Gestão da Qualidade, que teve lugar no Salão Nobre dos Paços do Concelho.

    A Qualidade é, antes de tudo, uma forma de estar. A cultura duma organização tem que ser interiorizada por cada um, a começar pelos responsáveis de topo dessa organização.

    Se tomarmos em consideração os fundamentos das organizações em geral, sejam elas comerciais, de serviços, de solidariedade social ou de carácter público, verificamos que em todas elas há algo em comum: um processo, onde se verificam entradas – inputs – que geram saídas – outputs.

    É com base neste esquema tão simples que se constroem regras, que permitem que estes fluxos sejam harmoniosos, fluidos e activos, pois este é o princípio da geração de riqueza, uma vez que o processo encerra uma combinação de factores de produção.

    Também o sistema da Qualidade aproveita este princípio básico, para enquadrar a Organização, ou os processos a certificar, numa lógica de Fornecedor / Cliente, com os quais a Organização mantém relações com o seu exterior – Inputs/Outputs.

    Os processos aqui chamados à colação são exactamente o Gabinete do Munícipe e a Divisão de Urbanismo da Câmara Municipal de Valongo. Sem retirar qualquer mérito aos serviços prestados por estes departamentos camarários haveria que abstrair deste caso concreto e posicionar um âmbito mais alargado duma Organização mais vasta que corporiza a Câmara Municipal de Valongo.

    De facto, partindo da ideia que a Qualidade é uma cultura das organizações, acredito que esse deverá ser o sentimento de todos os funcionários da Câmara e não apenas aqueles que actuam nesses departamentos. Desde logo, julgo de capital importância a introdução do conceito de Qualidade numa Organização com uma grande dimensão e com uma suposta resistência à mudança de comportamentos.

    Esta linha estratégica de avançar pela Qualidade revela também a sua importância pelo envolvimento que provoca nas pessoas e pela focalização nos “Clientes” – Utentes e Cidadãos em geral – potenciando as perspectivas de qualidade de vida e bem-estar dos munícipes.

    O que me parece relevante salientar é o âmbito municipal que integra cinco freguesias e encerra um vasto conjunto de Valores que a Qualidade deverá abordar numa lógica de sistema interactivo, isto é, feita de forma a identificar, compreender e gerir processos interrelacionados de forma a que esta orgânica seja capaz de alcançar os seus objectivos com mais eficácia e eficiência.

    A QUALIDADE E OS VALORES

    Assim, Valores como o Ambiente, o Desporto, o Trânsito, a Segurança, a Mobilidade, as diferenças culturais das populações, o tecido empresarial do Concelho, as Festas e a própria marca do Concelho e a sua promoção e projecção nacionais, são alguns dos Valores que a Qualidade tem que abraçar, numa lógica dinâmica e de melhoria contínua, focalizada na satisfação do munícipe e no desenvolvimento do município.

    Ora, para fazer esta abordagem tão multifacetada e complexa, temos que voltar ao início e voltar a repensar as verdadeiras questões de fundo, muitas delas comuns à generalidade das organizações.

    Numa óptica de Qualidade Total, todos os pontos das Organizações deverão dar respostas aos requisitos das normas, devendo para o efeito, partir duma Questão fundamental sobre, qual a verdadeira Missão da Câmara Municipal, identifica-la de forma simples mas exaustiva; identificar também os seus valores e as grandes opções de acordo com as politicas seleccionadas.

    Este ideal de Qualidade deverá estar presente no interior de cada um, no desenvolvimento saudável do nosso Concelho e no Bem-estar dos munícipes.

    Retomando a cerimónia da apresentação da Certificação de dois processos basilares para o bom funcionamento da Câmara, pôde assistir-se a uma grande unanimidade perante estas boas práticas de gestão, um forte envolvimento e receptividade por parte dos principais actores do Sistema – os funcionários – motivados por uma estrutura donde sobressai a Experiência visionária do Presidente e a Energia vigorosa do vereador responsável por esta implementação.

    Esperamos que acções deste tipo se repitam e que o envolvimento tenda a ser alargado a uma grande massa de Vontades, pois assim levaremos Valongo a bom porto.

    Por: José Quintanilha*

    * Director Técnico da JMBQ – Contabilidade e Gestão Unipessoal, Lda.

     

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