Subscrever RSS Subscrever RSS
Edição de 31-03-2024
  • Edição Actual
  • Jornal Online

    Arquivo: Edição de 10-09-2007

    SECÇÃO: Editorial


    foto

    A propósito da Expoval

    Mais uma vez a Câmara Municipal em colaboração com outras entidades, representantes dos diversos sectores, organizaram uma feira cujo objectivo é mostrar o que existe de mais significativo neste Concelho.

    Coloquei-me na situação de alguém que tenta fazer uma leitura desta região através do que viu e sentiu nestes dias.

    Numa primeira abordagem tive dificuldade em caracterizar o Concelho, em compreender as potencialidades de cada freguesia, em encontrar os seus empreendedores. Se existem, porque não participam?

    Vive-se um momento difícil, muito individualista, e cada um tenta obter resultados de imediato, é natural. Perdemos há muito a nossa identidade, pensamos no lucro imediato independentemente das consequências de futuro.

    Uma terra incaracterística está aberta a tudo que é banal e rapidamente é subvertida e anexada pela sua envolvente.

    Uma coisa é certa, passaram por lá milhares de pessoas, em passo acelerado, davam uma ou mais voltas ao recinto, paravam de onde a onde, especialmente onde pudessem levar qualquer coisa, publicidade, sacos, balões, plantas.

    E eu pensava: É este o meu Concelho?

    Foto MANUEL VALDREZ
    Foto MANUEL VALDREZ
    Se não queremos ser apenas dormitório, de que maneira vamos fixar a população?…

    É tudo muito frágil, inconsequente, nem rural nem urbano, não vi inovação em quase nada.

    Esta situação não é nova e repete-se por este país fora.

    Vivemos do aparato, é tudo a fingir, um artesanato urbano pretensioso, sem raízes culturais, numa perspectiva de pseudo-arte.

    Salvam-se um ou outro stand, quer na área industrial, quer na área dos serviços.

    Esta feira é certamente útil para reflectir com seriedade, para encontrar os erros cometidos, para definir objectivos ponderados para o nosso crescimento. Nesse caso valeu a pena, caso contrário continuaremos às apalpadelas, ao sabor de interesses pessoais e mesquinhos, sem rumo e eternamente a encontrar erros e mais erros que se vão acumulando.

    A população aderiu e visitou-a, é preciso aproveitar esses momentos, passar mensagens construtivas, dar respostas às necessidades, envolver a população nos problemas da terra.

    Não podemos ser autistas, temos de ouvir, de compreender, de encontrar soluções.

    O País não cresce, o Concelho não se aguenta se não formos capazes de apostar na inovação e ser rigorosos com a qualidade. Esta qualidade coloca-se a todos os níveis, é pela inovação industrial e cultural, é pelos serviços que prestamos, é pelas vantagens que temos de tirar da nossa situação geográfica, nas acessibilidades existentes, na qualidade do parque habitacional que oferecemos, num comércio que dê resposta às necessidades desta terra, na qualidade do lazer, na criação de postos de trabalho, no entendimento e até nas parcerias com outros concelhos periféricos que tenham valias complementares.

    Hoje não faz sentido alimentar posições bairristas, copiar o que outros já fizeram, repetir erros, temos de saber parar, ouvir, reflectir e integrar a inovação com sabedoria e arte.

    Por: Fernanda Lage

     

    Outras Notícias

     

    este espaço pode ser seu Este espaço pode ser seu Este espaço pode ser seu
    © 2005 A Voz de Ermesinde - Produzido por ardina.com, um produto da Dom Digital.
    Comentários sobre o site: [email protected].