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Edição de 31-03-2024
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    Arquivo: Edição de 31-03-2023

    SECÇÃO: Património


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    ACONTECEU N'' A VOZ DE ERMESINDE (13)

    Feira Popular de Ermesinde (I)

    A Feira Popular de Ermesinde foi um evento que decorreu ao longo de duas edições e, consecutivamente, dois anos. Situam-se as suas datas em 1962 e 1963, com durações de três e quatro meses, imagine-se! Este arraial decorria na Quinta da Cerâmica, pertencente a Luís Soares e foi organizado pelo Centro de Assistência Social de Ermesinde, no segundo ano, em parceria com o Clube de Propaganda de Natação.

    A primeira notícia que surge no nosso jornal sobre este evento tem a voz de Manuel Conceição Pereira, que tomou parte ativa na direção da Feira. Os primeiros apontamentos datam de junho de 1962, n.º 54, pág. 3, num artigo intitulado “A Feira Popular de Ermesinde – Meio de Valorização Cultural e Estética de todos os seus frequentadores”. Aqui, o autor dá-nos conta do motivo desta festividade, que tem como primeiro ponto os propósitos do Centro de Assistência que o organiza: criar receitas de forma a socorrer e continuar a valer a todos os pobres, da à época Vila, para que estes não tivessem de recorrer às ruas como forma de mendicidade e de sobrevivência (AVE, 1962, 54, 3).

    Para que pudesse decorrer a Feira Popular, o Centro de Assistência criou uma Comissão de Festas composta por meia dúzia de funcionários, um grupo de homens, com boa vontade e que, em colaboração com outras organizações, se comprometeram a levar esta festividade a bom porto. Esta comissão foi incentivada por homens de vulto de Ermesinde que prometeram todo o apoio moral e acompanhamento, na medida do possível, para os homens que tomavam o papel mais ativo (Idem).

    Aspeto parcial da assistência (AVE, 1962, 55-56)
    Aspeto parcial da assistência (AVE, 1962, 55-56)
    Entre as iniciativas que são mencionadas neste primeiro artigo, salientava-se a organização de uma partida de futebol, que não sabemos se se chegou a realizar com este apoio, mas que viria a decorrer no Estádio das Antas, entre o Futebol Clube do Porto e o Sport Lisboa e Benfica ou o Sporting Clube de Portugal (Idem). Certos estamos que, mesmo que este não tenha decorrido com o patrocínio da Comissão de Festas do Centro de Assistência, que este pretendia voos maiores e grandes concretizações onde poderia levar o nome de Ermesinde mais além. Faziam, ainda, parte deste calendário as corridas de galgos e provas de ciclismo, em programa já definido.

    A inauguração da Feira, em 1962, decorreu a 4 de julho e procurou-se, entre outras associações, que esta tivesse o apoio dos Bombeiros Voluntários de Ermesinde, que apesar da grande vontade que possuía a sua direção, não conseguiu o número de elementos necessários para trabalhar, como era do seu desejo (Idem), apesar de vir a marcar a sua presença.

    Este evento que, recordamos, veio a durar três meses, na Quinta da Cerâmica, de Luís Soares, que tem como descrição ser um lugar fresco, aprazível, de beleza incomparável, com um funcionamento maravilhoso e encantador nas tardes quentes de Verão em que decorreu este evento (julho, agosto e setembro), uma vez que a vegetação criava o clima ideal para quem neste local decidisse usufruir de um bom tempo, tanto de dia como de noite (Idem).

    Entre o plano de Festas constavam, além das já mencionadas provas, concertos musicais, exibições de ranchos folclóricos e outras variedades artísticas, com o propósito de arrecadar os maiores lucros para uma instituição que tanto fez pela cidade (Idem). Manuel Conceição Pereira conclui o seu artigo dizendo aos leitores da AVE que «Esta iniciativa, além de poder contribuir para a elevação [da vila e Centro Social de Assistência] (…) pretende contribuir para recrear e elevar mais ainda o nível cultural e estético dos habitantes de Ermesinde» (Idem).

    O segundo artigo, datado do mesmo ano, trata a abertura oficial do evento, as palavras que nos chegam são do mesmo autor, Manuel Conceição Pereira, que nos dá conhecimento de que a Inauguração da Feira Popular contou com a presença do Presidente a Câmara de Valongo, o Senhor Engenheiro Armando Magalhães, tendo o funcionamento, que até ao momento previa setembro, sido prolongado até ao final de outubro (AVE, 1962, 55-56, p. 4-5).

    A Banda Musical de S. Vicente de Alfena e o Rancho Folclórico de Ermesinde (AVE, 1962, 55-56)
    A Banda Musical de S. Vicente de Alfena e o Rancho Folclórico de Ermesinde (AVE, 1962, 55-56)
    No discurso foi salientado que se Ermesinde podia gozar de tão grande empreendimento, tal se deveria à Comissão de Festas do Centro de Assistência Social, do qual faziam parte: António da Silva Bastos, António Moreira da Silva, António Reis Júnior, Manuel Conceição Pereira, Manuel de Sá, Eduardo Rosa de Queirós, José Moreira do Vale, Aurélio Carneiro, Carlos Moutinho, Humberto Ribeiro e Dionísio de Castro (Idem). Ou seja, bem mais homens que o punhado inicial a que se fizera menção no primeiro artigo.

    A abertura contou com um piquete dos Bombeiros Voluntários de Ermesinde que prestaram uma guarda de honra às autoridades presentes, ligou-se a iluminação da Feira Popular, seguida de uma visita destes ao espaço, passando depois para os discursos oficiais (Idem).

    Apesar de não sabermos o plano de festas de uma forma completa, sabemos que faziam parte do recinto o bar-regional, uma barraca de Louça de Barcelos, um parque infantil e o stand do Ermesinde Sport Clube. Havia, também, um parque de diversões, onde se encontrava o

    (...)

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    Por: Mariana Filipa Lemos

     

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