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    Arquivo: Edição de 31-10-2022

    SECÇÃO: Crónicas


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    A aldeia de Drave

    A “Aldeia Mágica” já há algum tempo chamava por mim. A curiosidade foi-me aguçada pelo que me tinham contado. Não era preciso ir muito longe, para admirar uma aldeia desabitada, aqui ao virar da esquina. Encaixada numa cova, entre a serra da Freita, serra de São Macário e da serra da Arada.

    Dista da nossa cidade à volta de 90Km. Esta era a altura certa, antes que o inverno se instale. De Arouca à aldeia mineira de Regoufe a estrada envergonha as curvas do Marão. Piso regular, mas estreita. Em alguns locais o cruzar com outro veículo, obriga a um deles ter que se encostar ao término da via e ficar parado. Desta antiga localidade mineira (extração de volfrâmio por Ingleses na 2.ª guerra), até à dita, são quatro quilómetros. O caminho ou trilho não me parece ser antigo, mas sim um feito recente para cortar os fogos. As serras desnudadas de floresta. Estas teriam sido consumidas no incêndio de 2015, que teve uma frente de fogo visível a 50km de distância. Em maio de 2020 houve outro incêndio que consumiu o mato que entretanto nascera.

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    Da subida íngreme no seu início, passa-se para uma descida suave, que é ótima para se admirar a bela paisagem da serra. Ao virar à esquerda, o caminho passa de terra batida e de pedra solta para um de piso em laje. Nelas se notam a erosão causada pelas rodas dos carros de bois. Levantando o olhar lá estava ela. A capela e uma cruz pintadas de branco, sobressaem da paisagem de xisto. O leito de um rio é visível ao fundo da encosta. Pouca ou nenhuma água leva. Tem de se “aguçar a vista” para se descortinar as habitações esbatidas na paisagem. A aldeia é denominada de DRAVE. Referenciada já no reinado de D. Dinis, no séc. XIV. Num censo de 1527 a sua população era de oito pessoas distribuída por (dois vizinhos). Pela sua entrada principal passamos por uma ponte sob a ribeira de Palhais, de água cristalina. Dos dois espigueiros comunitários de dimensões generosas só um vê a luz do dia. As casas de habitação em pedra de xisto, de dois andares. A zona térrea serviria para apoio à agricultura, de palheiro ou mesmo curral. A sua cobertura de placas de xisto assentes em troncos de árvores inteiros ou simplesmente em metades separadas à força do machado. Portas e janelas rudimentares. A Capela de Nossa Senhora da Saúde e o solar dos Martins têm as paredes rebocadas e pintadas de branco. Em frente de algumas habitações e na via pública temos enormes mesas totalmente feitas de lajes de xisto.

    O último habitante abandonou a aldeia no ano de 2000. Será mágica apenas para quem a visita, a vida de quem por aqui viveu não terá sido nada fácil. Encaixada na aba da serra, o seu horizonte (e não muito distante) são as serras, o céu só olhando para cima. Nela não havia, nem há, água canalizada, eletricidade, rede para telemóveis ou televisão, café. Nada de Nada.

    (...)

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    Por: Manuel Fernandes

     

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