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    Arquivo: Edição de 31-05-2017

    SECÇÃO: Editorial


    O CINE - ERMESINDE

    Em 22 de Maio passado, foi paga pelo Centro Social de Ermesinde a última prestação do empréstimo bancário a 10 anos, contraído para financiar a aquisição do antigo Cinema de Ermesinde.

    Com este pagamento, fica a dívida liquidada e pode ser levantada a hipoteca que foi então constituída como garantia desse empréstimo.

    O Centro Social de Ermesinde é uma instituição particular de solidariedade social e, por essa natureza particular que a caracteriza - isto é, por ser uma entidade de direito privado -, presta legalmente contas, em primeiro lugar, aos seus associados quanto aos resultados da respectiva gestão.

    Mas, na medida em que prossegue, em cooperação com o Estado, a provisão de bens públicos aos cidadãos, integrando o sistema de protecção social que a Constituição assegura a todos os portugueses, presta contas igualmente a esse mesmo Estado, publicando ainda no respectivo sítio da internet as contas do exercício em cada ano.

    Entendo, não obstante esse escrutínio que é feito permanentemente pelos associados e pelo Estado, que as instituições que, mesmo privadas, servem a comunidade onde se inserem devem respeitar princípios de transparência geral, perante essa mesma comunidade.

    Nesse sentido, informo que o custo da aquisição foi, à época (2007), de 300.000,00 euros, tendo o total de pagamentos relativos às prestações do empréstimo, incluindo os juros, sido de 359. 723,92 euros.

    Deste montante, 54.173,41 euros resultaram de donativos efectuados por particulares, tendo a parte restante - 305.550,51 euros - resultado do esforço financeiro do Centro Social de Ermesinde, em colaboração com a Associação Ermesinde Cidade Aberta.

    Foi um esforço continuado, persistente e empenhado, tendo sido possível, em anos de crise e de escassez de recursos, em que os níveis de cooperação com o Estado se mantiveram estáveis, mas as comparticipações dos utentes têm diminuído continuadamente, cumprir com religiosa regularidade as obrigações da dívida e poder a partir desta data oferecer à cidade um importante equipamento, livre e alodial, em condições de se poder pensar na respectiva reabilitação.

    Não ignoro que as redes sociais - e mesmo alguns fóruns políticos - têm sido veículo de algumas preocupações quanto ao destino do antigo Cinema de Ermesinde.

    Como estamos num Estado de Direito, que se alicerça, em grande medida, no reconhecimento do direito à propriedade privada, não deixarei de lembrar que é ao Centro Social de Ermesinde, e a mais ninguém, que compete decidir do destino de tal equipamento.

    Mas, como o proprietário é uma Instituição particular ao serviço da população e da comunidade de Ermesinde, não quero igualmente deixar de assinalar que esse destino será por nós estudado com as entidades com responsabilidades públicas, seja a nível governamental, seja a nível autárquico, seja no âmbito da Rede Social do concelho.

    A esse propósito, não posso ignorar o teor de uma peça que integra esta edição de "A Voz de Ermesinde", a propósito da 2ª revisão orçamental do Município para 2017, onde se refere a provisão de 160.000,00 para apoio à recuperação do antigo cinema de Alfena, no que descortino o enunciado de uma política camarária de apoio à reabilitação de antigos equipamentos de significativo valor simbólico nas diversas comunidades do Município.

    Contamos igualmente com a participação da população e das empresas de Ermesinde, que iremos em breve contactar individualmente, nesse novo passo do processo, com vista a restituir a fruição de um tão emblemático e simbólico equipamento social e cultural da cidade.

    Henrique Rodrigues

     

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