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Edição de 29-02-2024
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    Arquivo: Edição de 28-02-2017

    SECÇÃO: Saúde


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    O tempo urge no AVC

    É sabido que as doenças do aparelho circulatório constituem a principal causa de morte em Portugal. O Acidente Vascular Cerebral (AVC), primeira causa de morte e de incapacidade, é um componente essencial na mortalidade por doenças do aparelho circulatório, pelo que se torna importante estarmos mais informados sobre a doença e saber como se agir e/ou prevenir.

    Apesar do AVC poder ocorrer em qualquer idade, a sua incidência aumenta com a idade. Esta relação com o aumento da idade e com o aumento da esperança média de vida, acaba por apoiar o facto de ser a principal causa de morte.

    Não importa somente destacar a elevada importância da mortalidade por AVC, mas sim o impacto negativo na qualidade de vida de quem o sofre, levando por vezes a incapacidades graves que chegam a comprometer a capacidade da marcha, da fala ou até mesmo de desempenhar atividades rotineiras básicas do dia a dia sem apoio de terceiros.

    PERCEBER O AVC

    O AVC, também vulgarmente chamado de "trombose", pode ser descrito como uma lesão que ocorre por vezes de forma súbita, num vaso sanguíneo cerebral.

    Este pode ser dividido em dois tipos principais: AVC Isquémico e AVC Hemorrágico.

    O AVC Isquémico ocorre quando o fluxo sanguíneo é interrompido por um trombo (coágulo de sangue) que entupindo o vaso sanguíneo faz com que o sangue não chegue a uma determinada área do cérebro. Por este motivo a área do cérebro afetada pode morrer.

    No AVC Hemorrágio ocorre uma ruptura de um vaso dentro do cérebro e consequentemente um derrame de sanguíneo cerebral.

    Os sintomas que podem advir vão depender do vaso envolvido e da área do cérebro que foi atingida. Os sintomas mais frequentes são a fraqueza ou a sensação de adormecimento/formigueiro de um lado do corpo podendo envolver os braços ou as pernas, alterações na fala ou na visão, tonturas, dificuldade em manter-se de pé ou incapacidade de caminhar.

    O diagnóstico de AVC é obtido através da realização de um exame físico detalhado realizado pelo médico, exames ao sangue e exames de imagem. Um dos exames essenciais na suspeita de AVC é a TC cerebral (tomografia computorizada), vulgo "TAC", podendo por vezes ser necessário recorrer à realização de uma RMN (ressonância magnética).

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    PREVENIR

    São bem conhecidos os fatores de risco para o aparecimento de AVC, sendo a maioria deles evitáveis através da adoção de escolhas e hábitos de vida saudáveis. A presença de tensão arterial elevada, diabetes, hábitos tabágicos e colesterol alto constituem fatores de risco. É muito importante que na presença de algum destes fatores de risco se assuma uma abordagem terapêutica de forma a tratar ou controlar os mesmos. Assim deve ser encorajada a cessação tabágica, o controlo da pressão arterial, a diminuição da ingestão de sal e gorduras na alimentação, a perda de peso e a prática de exercício físico regular adaptado às condições de cada um.

    NÃO ESQUECER

    Perante a suspeita de um AVC, o tempo decorrido é crítico e crucial para o tratamento, de forma a minorar as consequências e o prognóstico. Por isso, é fundamental o reconhecimento dos possíveis sinais de AVC, como a perceção de boca desviada para um lado, ausência de força num braço e/ou dificuldade em falar. Na presença de um destes sinais deve contactar imediatamente o 112, que orientará o doente para a urgência hospitalar especializada e será ativada a "Via Verde do AVC", ou seja o doente é imediatamente transportado para uma unidade com tratamento específico.

    Por: Daniela Medeiros Coelho*

    *Médica Interna

    de Medicina Geral e Familiar

    Pós-graduada

    em Geriatria Clínica

     

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