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    Arquivo: Edição de 15-10-2009

    SECÇÃO: Gestão


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    PME’s e micro-empresas: um estado de alma

    A percepção que temos em relação à vida das PME’s e Microempresas é que se encontram numa situação desesperante. Os exemplos são múltiplos e da mais variada ordem e em diferentes sectores de actividade. Mas a ideia tónica e comum em todos estes casos é a da incapacidade de vender, porque a procura dos seus serviços reduziu drasticamente e por outro lado, os encargos são implacáveis e têm que ser cumpridos sob pena do drama ainda ser mais gravoso.

    As PME’s e Microempresas encontram-se portanto neste fogo cruzado: por um lado as vendas não revitalizam e obrigam grande parte das vezes à prática de preços tão baixos que não cobrem a estrutura de custos, isto decorrente da quebra da procura e do aumento da concorrência; por outro lado, temos três tipos de custos protagonizados por três grandes classes de fornecedores:

    À cabeça temos o Fisco, que pratica uma carga fiscal incomportável e desajustada para a generalidade das PME’s e Microempresas que cumprem com essas obrigações fiscais segundo regras idênticas à dos grandes grupos económicos (estes por vezes com vantagem, veja-se o exemplo da taxa de IRC aplicada à Banca, ou dos subsídios disponibilizados às Multinacionais).

    Depois temos estes grandes grupos que actuam em “cartel”, ajustando os seus lucros numa lógica monopolista. É o caso da energia, das comunicações e da grande distribuição… e já se fala na privatização da água!

    Finalmente temos o terceiro tipo de fornecimentos dispensados por outras PME’s e Microempresas, que se encontram também neste fogo cruzado e representam a grande fatia da estrutura produtiva nacional e é responsável por mais de 90% do emprego do País.

    Se analisarmos melhor, verificamos que a classe politica responsável pela imposição da carga fiscal (incluindo Segurança Social e outros de natureza administrativa) que a generalidade das empresas têm que suportar; e os grandes grupos económicos que têm a faculdade de fazer lobby politico-económico, acabam por estar do mesmo lado, isto é, são os mesmos, a ver pela nomeação dos grandes responsáveis dessas empresas recrutados sempre das diferentes tendências politicas (caso da Galp; Lusoponte; EDP; Mota Engil, entre outros).

    São portanto estes que impõem os seus preços e impostos, os responsáveis pela grave e difícil estrutura de custos das PME’s e Microempresas, e desta forma decretam a insolvência de muitas e muitas PME’s que não resistem e acabam por sucumbir.

    Por detrás deste universo de Empresas que tentam sobreviver, estão de facto muitas e muitas famílias que também acabam por entrar em situação de desemprego e incumprimento das suas responsabilidades.

    É neste clima de medo e apreensão que se está a apoderar das pessoas em geral que se assiste a uma inversão do circuito económico, tornando-o num movimento degenerativo. Há que moralizar a economia e alterar a atitude numa perspectiva patriótica!

    Por: José Quintanilha

     

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