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    Arquivo: Edição de 20-12-2007

    SECÇÃO: Psicologia


    A IMPORTÂNCIA DA SAÚDE MENTAL

    No mundo que é só meu

    Este é um espaço de reflexão e diálogo sobre temas do domínio da Psicologia, que procurarei dinamizar com regularidade, trazendo para aqui os principais problemas do foro psicológico que afectam pessoas de todas as idades. Na qualidade de psicóloga estou disponível para os leitores de “A Voz de Ermesinde” me poderem colocar as questões que desejarem ver esclarecidas, através de carta para a redacção deste quinzenário ou para o seguinte “e-mail”: [email protected]

    O autismo é uma alteração cerebral que afecta a capacidade da pessoa comunicar, de estabelecer relacionamentos e responder adequadamente ao ambiente.

    É comum na infância.

    Algumas crianças autistas mantêm a inteligência e fala intactas, outras apresentam défices intelectuais, mutismo ou importantes atrasos no desenvolvimento da linguagem. A maioria não fala, mas quando falam, é comum a ecolália (repetição de sons ou palavras) ou inversão pronominal.

    O comportamento destas crianças é caracterizado por actos repetitivos e estereotipados (por exemplo, abanar as mãos ou balançar-se), sendo pouco sensíveis a mudanças ambientais, preferindo permanecer em contextos inanimados. Podem tornar-se agressivos para com os outros sem qualquer motivo, ou mesmo auto-mutilar-se (não reagindo face aos ferimentos).

    O autista possui uma incapacidade inata para estabelecer relações afectivas, bem como para responder aos estímulos do meio. É universalmente reconhecida a sua dificuldade na expressão de emoções.

    Apesar do grande número de pesquisas e investigações clínicas, realizadas em diferentes áreas e abordagens de trabalho, não se pode dizer que o autismo seja um transtorno mental claramente definido.

    Algumas correntes teóricas sugerem que as alterações comportamentais decorrentes dos primeiros anos de vida são cruciais para definir o transtorno. No entanto, este facto é ainda bastante controverso.

    Até ao momento, os pesquisadores ainda não identificaram claramente os factores causais que podem estar na base do autismo. Poucos são os tratamentos actualmente existentes, uma vez que os resultados são pequenos e morosos.

    O tratamento deve começar sempre por uma abordagem aos pais, para que fiquem mais relaxados e não transmitam o seu “stress” e tensões acumuladas ao longo dos anos aos seus filhos, impedindo-os dessa forma de fazerem os progressos que precisam.

    Depois, segue-se uma abordagem à criança que passa por uma estimulação e apoio contínuos, como forma de estimular e fazer com que ela interaja com o ambiente, com as pessoas e com outras crianças.

    Não obstante, terapeutas e pais de miúdos com autismo têm experimentado diversas formas de ajudar estas crianças, formando grupos de auto-ajuda em que se partilham experiências comuns e se encontram formas mais adequadas de fazer frente às adversidades com que diariamente se confrontam.

    Por: Joana Dias

     

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