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    Arquivo: Edição de 30-12-2006

    SECÇÃO: Arte Nona


    Vinhetas de ERIC LIBERGE
    Vinhetas de ERIC LIBERGE

    Mardi Gras Cinzas ou as dificuldades de um morto ainda muito verde

    A estória, editada na Dupuis em 2004, está agora publicada na revista norte-americana “Heavy Metal” (impressa no Canadá e distribuída na Europa – em Portugal, por exemplo).

    O autor é Eric Liberge, Prémio do Melhor Fanzine em Angoulême, em 1994, autor com uma predilecção pelo fantástico e o esotérico, e que leva já publicados, nas séries “Le Dernier Marduk”, da P.M.J. Editions, os álbuns “Léopold” e “Tiamat”, da série “Metal”, o primeiro tomo, “Le musée d'Airain”, “Tonnerre Rampant”, na Soleil, e da série “Monsieur Mardi-Gras Descendres”, o tomo agora publicado na “Heavy Metal”, “Bienvenue!” (“Welcome” na tradução inglesa), e os seguintes “Le Télescope de Charon” e “Le pays des Larmes”.

    O herói, que deve o seu nome à data da sua morte, na noite de Terça-Feira Gorda (Carnaval) para Quarta-Feira de Cinzas, o que poderia ser traduzido em Português por Carnaval Cinzas (a edição da revista norte-americana conserva o Mardi Gras original), como que “acorda” num estranho mundo a que acaba de chegar (o reino da morte), desconhecedor das regras e dos costumes e, que vai por isso fazendo o seu tirocínio para se “integrar”.

    O desenho das expressões e dos esqueletos que formam o corpo de todas as personagens é surpreendente e delicioso.

    Um humor fino, alicerçado numa peça escrita ao ritmo de uma aventura, muito mais perto dos universos de Schuiten/Peeters ou Moebius do que quaisquer elaborações místicas, o mais completamente diverso de um conto macabro ou de terror, fazendo do lugar, apenas um lugar comum, como seriam as personagens extra-terrestres de um qualquer mundo da ficção científica, fazem de “Mardi Gras Cinzas” um achado que merece a atenção dos leitores.

    Liberge consegue, a partir das caveiras, e dos esqueletos, explorar toda uma grande amplitude de expressões, deixando sempre no ar as expressões vivas e dinâmicas do herói ou das outras personagens.

    O mesmo se diga para a ambiência da estória, habilmente urdida, de modo a pairar sempre uma atmosfera de mistério ou de trama (ou, melhor ainda, de tramóia), fazendo de “Bem-vindo!” um álbum de leitura absorvente, que se bebe de um trago.

    Mas não, evidentemente de um trago de café (que não é permitido), antes de mercúrio, ou de um qualquer acidozito!...

    Por: LC

     

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