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13-10-2017 10:32
NA CERIMÓNIA DE TOMADA DE POSSE DOS NOVOS ÓRGÃOS AUTÁRQUICOS QUE DECORREU NO FÓRUM CULTURAL DE ERMESINDE
José Manuel Ribeiro garante seguir a mesma receita do último mandato e mostra-se disponível para avaliar ideias da oposição
Os novos órgãos autárquicos do Município de Valongo (Câmara e Assembleia Municipal) tomaram posse no passado dia 11 de outubro, no decorrer de uma cerimónia que se realizou no Fórum Cultural de Ermesinde. José Manuel Ribeiro, o qual, recorde-se, foi reeleito presidente da Câmara com maioria absoluta, usaria da palavra após a tomada de posse de todos os membros da assembleia municipal e do Executivo camarário, começando por fazer um agradecimento a todos aqueles que durante o último mandato «foram determinantes para o crescimento do Município de Valongo», incluindo neste agradecimento funcionários da autarquia, associações e instituições concelhias que com esta têm colaborado, bem como autarcas e ex-autarcas, sublinhando neste ponto a colaboração de Sobral Pires e de Luísa Oliveira, dois (agora) ex-vereadores socialistas do anterior Executivo.

Expressando em seguida votos de bom mandato aos novos membros do Executivo e da assembleia municipal empossados, apelando ainda a que todos possam após as eleições colaborar uns com outros, independente das forças partidárias que representem, José Manuel Ribeiro lembrou em seguida que pediu um voto de confiança à população, «e a população de forma expressiva correspondeu a esse pedido, deu-nos uma força muito grande, e agora é importante dizer à população que têm a garantia de que vamos continuar a seguir a mesma receita dos últimos quatro anos. Vamos continuar a apostar e reforçar a transparência, o rigor, o respeito e o diálogo», frisou o autarca reeleito, que disse ainda que este voto de confiança só tem uma forma de ser interpretado: «a população deste concelho quer que avancemos mais e que consigamos fazer mais, que consigamos resolver problemas que ainda não foram resolvidos e fazer mais pela qualidade de vida das pessoas». Garantiu ainda que irá continuar a comportar-se como um inquilino da Câmara, e não «como proprietário da coisa pública, porque quando nos comportamos como proprietários da coisa pública estamos a dar um exemplo de desconfiança às pessoas».

Neste seu discurso de tomada de posse, José Manuel Ribeiro deu ainda a garantia de que irá empenhar-se em cumprir os compromissos propostos no seu programa eleitoral, adiantando estar disponível para avaliar as ideias/propostas que foram apresentadas nesta campanha eleitoral pelos partidos da oposição. «As boas ideias existem em todas as candidaturas e eu vou empenhar-me para que todas aquelas ideias que foram propostas possam ser analisadas e se servirem a comunidade possam ser implementadas, porque essa é que é a boa prática política», disse.

Lembrando que Valongo é o 26º concelho do país em termos populacionais, o autarca referiu que o desafio num concelho como este é muito grande, «porque numa Área Metropolitana é muito difícil contrariar aquilo que é o normal, ou seja, a atracão do centro, e a marca Porto tem uma influência muito grande, é uma marca forte, e nós aqui em Valongo temos de olhar para essa realidade e tirar o máximo proveito dela». Nesse sentido, José Manuel Ribeiro recordou as marcas identitárias do concelho, marcas «que nos dão uma personalidade, e nós queremos fazer parte daquilo o que são hoje as dinâmicas da Área Metropolitana do Porto, porque isso vai permitir atrair investimento, criar emprego, dar visibilidade às nossas instituições, projetar os talentos que aqui existem. Portanto este é um caminho que vamos continuar a trilhar», prometeu.

ABÍLIO VILAS BOAS FEZ BALANÇO DO ANTERIOR MANDATO

Ainda antes da tomada de posse dos novos órgãos autárquicos, usou da palavra o presidente da Assembleia Municipal de Valongo (AMV) cessante, Abílio Vilas Boas – o qual seria reconduzido mais tarde para um novo mandato à frente daquele órgão –, que antes de felicitar e desejar felicidades aos novos eleitos, fez um breve balanço dos últimos quatro anos de mandato, começando por enumerar algumas medidas que em seu entender foram relevantes para a projeção do concelho, como foi o caso da promoção das marcas identitárias das cinco freguesias que fazem parte deste (dando o exemplo do brinquedo tradicional, da festa das Bugiadas, da ardósia, do pão e da regueifa, ou das serras do Porto). Outra medida que segundo Vilas Boas ficou patente ao longo do último mandato foi a preocupação na atracão de empresas para o concelho, no sentido de criar postos de trabalho, destacando neste ponto a instalação da plataforma da Jerónimo Martins em Alfena. E em jeito de auto avaliação no exercício do cargo de presidente da AMV, frisou que ao longo do mandato sempre colocou todo o seu empenho na missão abraçada, «não fiz distinções entre os membros da assembleia, coloquei-me acima dos partidos e mantive a minha conduta imparcial. Com a ajuda de todos fui crescendo no tempo nestes meandros da política», sublinhou não sem antes agradecer aos representantes das forças políticas do concelho com assento na AMV, vereadores, presidente da Câmara, funcionários da autarquia, e demais figuras que o acompanharam na missão de dirigir a AMV.

A INSTALAÇÃO DA NOVA MESA DA AMV

Finalizada a cerimónia de tomada de posse decorreu na Sala Multiusos do Fórum Cultural de Ermesinde a primeira sessão da nova AMV. Foi uma sessão breve, e que na sua essência apenas serviu para ser formada a nova mesa da assembleia. A votos esteve uma única proposta, apresentada pelo PS, que propunha para presidente deste órgão Abílio Vilas Boas, enquanto que para primeiro e segundo secretários foram propostos os nomes de António Queijo Barbosa e Cátia Lima, respetivamente. Por voto secreto a lista seria aprovada por maioria, com 18 votos a favor, dois contra e sete em branco.

Recorde-se que após as eleições de 1 de outubro passado a AMV terá a seguinte composição: 15 deputados do Partido Socialista (nomeadamente Abílio Vilas Boas, Armando Baltazar, Catarina Lobo, António Queijo Barbosa, Nuno Miguel Cardoso, Cátia Lima, Fernando Ferreira, António Ferreira, Esperança Teixeira, Agostinho Silvestre, Hugo Padilha, Anabela Sousa, Daniel Melo, Joaquim Moreira e Ana Carina Silva), nove deputados da coligação PSD/CDS-PP (Alexandre da Silva Teixeira, Miguel Santos, Maria Trindade Vale, Daniel Felgueiras, Hélio Rebelo, Ana Isabel Pereira, Tiago Dionísio, Daniel Gonçalves e Paula Moreira), dois deputados da CDU (César Ferreira e Sónia Sousa), um deputado do Bloco de Esquerda (Fernando Monteiro), bem como os presidentes de Junta de Ermesinde, Alfena, Campo/Sobrado e Valongo, respetivamente João Morgado (PS), Arnaldo Soares (independente), Alfredo Sousa (PS) e Ivo Vale Neves (PS).

Já o novo Executivo camarário será composto por seis eleitos do Partido Socialista (José Manuel Ribeiro, Ana Maria Rodrigues, Orlando Rodrigues, Paulo Ferreira, Manuela Duarte e José Delgado) e três eleitos da coligação PSD/CDS-PP (Luís Ramalho, Rosa Maria Rocha e Alberto Neto).

Por:MB

 

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