24-06-2017 10:55
Candidatura de Teresa Raposo à Junta de Freguesia de Ermesinde foi apresentada publicamente
A coligação Unidos por Todos (composta por PSD e CDS) apresentou publicamente na tarde de 15 de junho a candidata à presidência da Junta de Freguesia de Ermesinde (JFE), Teresa Raposo. Apresentação que teve lugar no auditório da Junta, perante uma vasta plateia de militantes, simpatizantes e diversos autarcas locais dos dois partidos. Presentes estiveram ainda algumas figuras ligadas ao aparelho das duas forças partidárias, sendo entre outros de destacar o presidente da Distrital do PSD/Porto, Bragança Fernandes, o presidente da Comissão Política Concelhia do PSD/Valongo, Miguel Santos, o presidente da Comissão Política Concelhia do CDS-PP/Valongo, Alexandre da Silva Teixeira – também ele, recorde-se, candidato pela coligação Unidos por Todos, no seu caso encabeça a lista à Assembleia Municipal de Valongo –, e a vice-presidente do CDS-PP, Cecília Meireles.
E foram precisamente desta última convidada as primeiras palavras da tarde, que ressalvou o facto de numa candidatura a uma junta de freguesia o papel das pessoas – que integram essa candidatura – ser muito importante. «Conta muito a vontade das pessoas de se agregarem em torno de projetos, e esta coligação que temos no Concelho de Valongo é isso mesmo, é um conjunto de pessoas do PSD e do CDS-PP, e outras independentes, que estão juntas em torno de projetos, de ideias, em torno da vontade de fazer deste concelho, neste caso de Ermesinde, um bom lugar para se viver. E é isto que é fundamental numa candidatura autárquica», referiu. Dirigindo-se posteriormente a Teresa Raposo recordaria que hoje há cada vez mais mulheres na política, ressalvando no entanto que mais importante do que ser-se homem ou mulher no mundo da política é o mérito que cada um tem e as ideias e os projetos que querem colocar em prática, «e a Teresa Raposo já deu provas aqui em Ermesinde que tem mérito», concluiu.

PRIMEIRA ESCOLHA PARA SUCEDER A LUÍS RAMALHO

Seguiu-se Miguel Santos, que começaria por dirigiu-se a Alexandre da Silva Teixeira, presidente da Comissão Política Concelhia do CDS-PP, para frisar que esta coligação (Unidos por Todos) não é artificial, «é uma coligação que está para durar, e isso significa que nós, PSD, temos razões substantivas para estar coligados com o CDS-PP», apontando como razão principal o pensamento comum nos interesses dos valonguenses. Deixou ainda elogios ao cabeça de lista da coligação à Câmara de Valongo, Luís Ramalho, também ele ali presente, pelo trabalho que tem realizado ao longo destes primeiros tempos de campanha. Sobre Teresa Raposo lembrou que a candidata foi desde pronto a primeira escolha da concelhia para suceder a Luís Ramalho na presidência da JFE, e foi-lo por dois aspetos principais. «O primeiro aspeto é o da continuidade do trabalho que o Luís Ramalho fez aqui na freguesia de Ermesinde, um trabalho que a Teresa Raposo acompanhou de perto ao longo destes oito anos de mandato(s). Tem por isso experiência ao nível da freguesia de Ermesinde, e por isso foi a nossa escolha para dar continuidade a este trabalho. O segundo aspeto tem a ver com o facto de que esta candidata dá uma perspetiva de futuro a Ermesinde. A Teresa é uma jovem cheia de garra, com experiência política e profissional, e tem um projeto de futuro para esta cidade».
A intervenção seguinte pertenceu a Luís Ramalho, atual presidente da JFE e candidato da coligação à liderança da Câmara de Valongo. Sobre Teresa Raposo disse em primeiro lugar ser aquela que de todos os candidato(a)s à JFE está melhor preparada para assumir a liderança deste organismo, sublinhando a sua confiança e certeza de que esta será a sua sucessora à frente dos destinos da Junta.
Luís Ramalho aproveitaria ainda o momento para fazer uma espécie de balanço do que foram os últimos três anos e oito meses de governação PS na Câmara de Valongo. E foi então que lançou duras críticas ao atual presidente da autarquia, dizendo que assistimos neste período de governação socialista a uma «regressão daquilo o que foi o desenvolvimento impresso pelos sucessivos Executivos de coligação (PSD e CDS-PP) no nosso concelho». Foi um pouco mais atrás no tempo no decorrer desta sua análise, lembrando os tempos anteriores à chegada do PSD à Câmara há mais de 20 anos, tempos em que a autarquia era também dirigida pelos socialistas, «tempos em que Ermesinde via-se numa situação de completo desprezo por parte do Executivo municipal liderado pelo PS, onde a falta de água e o mau cheiro proveniente da antiga Fertor eram a nossa imagem de marca». Acrescentaria que com a chegada do PSD ao Executivo camarário – em várias ocasiões coligado com o CDS-PP – começou a ser desenhado um projeto político de desenvolvimento para Ermesinde, sendo então resolvidos alguns problemas, como a falta de água, por exemplo. Desenvolvimento que segundo as suas palavras pouco ou nada se viu nos últimos quase quatro anos de governação PS, frisando que a bandeira do Executivo socialista na nossa cidade é a abertura da Loja do Cidadão. «Mas deixem-me dizer que o grande timoneiro desse projeto foi o João Paulo Baltazar enquanto presidente de câmara», disse, acrescentando que foi o trabalho desenvolvido por Fernando Melo ao abrigo do Programa Polis que permitiu a construção do edifício (Faria Sampaio). «Sem isto o João Paulo Baltazar não teria condições para negociar a instalação destes serviços naquele edifício, e de fazer a candidatura que permitiu que hoje esses serviços estejam lá alojados. No entanto, o atual presidente da Câmara diz que este é um feito seu. Na verdade ele tem o dom de servir-se do trabalho dos outros e puxar para si os louros», atacou Ramalho.
O candidato à Câmara de Valongo lançaria outras críticas ao atual edil valonguense, entre outras o facto de Ermesinde ter parado no tempo no que concerne à requalificação e higiene urbana, sendo que neste ponto sublinharia que os montantes que José Manuel Ribeiro diz terem sido transferidos para as Juntas no âmbito da delegação de competências não correspondem à verdade.

ALGUMAS DAS PALAVRAS DA CANDIDATA

Por fim, usou da palavra Teresa Raposo, que recordou que faz parte do Executivo da JFE há oito anos, e que nesse sentido acompanhou de perto o dinamismo e modernidade que esse Executivo liderado pelo seu partido conseguiu trazer para Ermesinde. Elencou em seguida algumas atividades que vêm sendo regularmente desenvolvidas pela Junta: «devolveu-se a dignidade à romaria da Santa Rita, voltou a ouvir-se falar do Enterro do João, foram lançadas as verdadeiras comemorações do Dia da Cidade, criou-se a Noite Branca, o programa sénior “Viver Bem aos 55+”, a Feira da Saúde, ou os campos de férias para jovens», destacou. Atividades que, nas suas palavras, permitem a concretização daquele que é um dos principais objetivos de uma junta de freguesia: «fazer com que as pessoas se sintam bem onde vivem». Ainda sobre o trabalho que a JFE vem desenvolvendo nestes últimos dois mandatos destacou a criação de duas lojas sociais, e o facto de em muitas das atividades atrás mencionadas terem sido envolvidas quer as coletividades locais quer o comércio local, «de forma a que se sintam integrados e percebam que todos estes projetos são importantes para nós mas também para eles». Avançou posteriormente com algumas das suas ideias para o futuro, entre outras a necessidade de elaborar um novo projeto para a feira de Ermesinde para que esta se torne organizada, funcional e apelativa. Disse ainda ser urgente rever os regulamentos das taxas e sobre-taxas dos cemitérios, ressalvando neste ponto ser necessário criar regimes de isenções de taxas para cidadãos que de forma comprovada apresentem carências financeiras. Outros dos projetos que a candidata tem em mente passa pela criação de um gabinete de apoio às coletividades, e pela revisão dos acordos de execução com a Câmara de Valongo.